Depois de ter feito “Cães de Aluguel” com igual maestria, Quentin Tarantino garantiu certa popularidade no cinema americano e se tornou um ícone de referência a bons filmes.
É difícil falar de uma obra sua sem citar seu ponto mais forte, o roteiro. “Taranta” não é um dos diretores com as melhores habilidades em efeitos especiais, ao menos nunca os vimos entrando em ação com suas frases repletas de humor negro e cultura pop. “Pulp Fiction” é baseado nas revistinhas de mesmo nome, que contam diversas histórias de mesmo tom, totalmente interligadas, mas contadas fora da ordem. Estas pequenas histórias se estendem até estarem ligadas e no final de tudo, as conexões são feitas e o nó na cabeça do espectador é desfeito. No filme todas envolvidas com atividades ilícitas como drogas, e muitas mortes.
Tudo tem início com os dois ladrões amadores, que planejam o assalto no restaurante em que estão comendo. Na última cena, sabemos que ela é o desfecho do longa, mas não da história, pois o desfecho da história ficou incrustrado lá pelo meio, ou então não nos foi dito. É uma tarefa hercúlea escolher a melhor cena da produção, possivelmente todas sejam escolhidas, cada qual sua demonstração de um sentimento de classe, estupidez e humor negro violento, que todos gostamos de ver (nas telas, é claro).
As atuações de todo o elenco foram incríveis, como a alavancada que deu para John Travolta (indicado ao Oscar) voltar aos holofotes após algumas atuações discretas que o deixaram por baixo no cenário Hollywoodiano. Puxa, quase ia me esquecendo de Uma Thurman que não fez por menos, esteve ótima. Em consequência disto (possivelmente), foi escalada mais tarde para protagonista dos filmes Kill Bill. O elenco ainda conta com Bruce Willis com participação ativa em várias cenas, também com Harvey Keitel(Cães de Aluguel), Tim Roth, Amanda Plummer e demais…
Resumindo, tudo ficou como deveria ficar, grandes atuações e um roteiro digno de Oscar, como foi, Tarantino venceu como melhor roteiro original ao lado de Roger Avary.
Por Anderson Fernandes.