Histórias. São elas que movimentam a indústria cinematográfica. É um dos principais quesitos para um bom filme e para que esse consiga conquistar um grande número de pessoas. Algumas não precisam atingir um número grande, com altas bilheterias, com grande destaque na mídia, e acabam sendo feitas para um certo tipo de público e é justamente isso que ‘Terra Estranha’ faz. Aliás, fica complicado saber o principal foco do primeiro grande longa de Kim Farrant.
Exemplo disso é todo o trabalho de atuação, principalmente de Nicole Kidman e Joseph Fiennes. A veterana e já vencedora do Oscar volta à suas origens australianas e apresenta uma atuação intocável e apaixonante, retornando com força depois de tempos afastada do público. Fiennes é outro que surpreende, com uma atuação tão densa quanto todo o clima do filme, mas não chega nem perto do trabalho de Kidman. Hugo Weaving não decepciona e traz uma atuação honesta diante os dois destaques. Infelizmente, ‘Terra Estranha’ chama mais atenção por suas atuações, deixando a história como algo totalmente secundário.
Junto com as atuações, a fotografia das locuções australianas é outro destaque. Todo o calor e a seca ambientação é retratada com força e convida ainda mais o espectador a continuar fazendo parte daquele ambiente. A bela fotografia é acompanhada de uma trilha sonora densa e pesada, conseguindo passar toda a força que o deserto da Austrália precisava retratar.