melancolia
Lars Von Trier dirigindo mais uma obra extremamente genial, que você vai amar, ou vai odiar.

O filme começa com uma cena encantadora, artística em todos os modos, lembrando nesse tom ímpar o começo de “Anticristo” (a criança a caminho da janela, e os pais tendo relação sexual, atingindo seu ápice quando a criança se joga, o que acaba sendo o assunto ao decorrer do longa), em que a introdução cativa o espectador de todas as formas possíveis. “Melancolia” definitivamente não se trata apenas do fim dos tempos e suas reações ao ocorrido – e sim da depressão, essa tristeza tão profunda que cada um de nós está sujeito. Em certa cena, a frase dita “A Terra é má, não precisamos lamentar por ela. Ninguém sentirá falta”, mostra todo sinal de desgosto, ilusão, solitude e a profundidade de um sentimento que todos nós acabamos sentindo um dia, mesmo que passageiro. A fotografia do filme é esplêndida, e a trilha sonora parece ter sido feita especialmente para a obra, com o encaixe singular em cada cena. Sem dúvidas, um filme feito para poucos os que deixam o coração abrir para sentir a misantropia que a película tem a nos oferecer.

Por Camila Bonfim.

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