6.6/10

Força Bruta: Sem Saída

Diretor

Lee Sang-yong

Gênero

Ação , Comédia

Elenco

Ma Dong-seok, Lee Jun-hyuk, Munetaka Aoki

Roteirista

Kim Min-Sung

Estúdio

Sato Company

Duração

105 minutos

Data de lançamento

10 de outubro de 2024

Sete anos após a captura no Vietnã, Ma Seok-do (Ma Dong-seok) se junta a um novo esquadrão para investigar um caso de assassinato. Logo, ele descobre que este caso envolve a apreensão de uma droga sintética. Enquanto isso, o cara por trás de tudo — Joo Sung-chul (Lee Jun-hyuk) — não para de procurar problemas, e os distribuidores de drogas japoneses, Ricky (Aoki Munetaka) e sua gangue, vão à Coreia para se juntar ao caos. As coisas estão prestes a sair do controle...

Às vezes, não se mexer em time que está ganhando é mesmo a melhor opção e a saga Força Bruta é uma boa evidência disso. Força Bruta: Sem Saída, é o segundo filme oficial da franquia, mas o terceiro na prática. Em 2017 a história do detetive policial Ma Suk Do (Ma Dong-seok) começou no filme Os Fora da Lei e foi repaginada no Brasil em 2022 com o filme Força Bruta, que estreou nos nossos cinemas e também foi um sucesso de bilheteria na Coreia do Sul, abrindo caminho para sequências, inclusive, o próximo filme já está garantido para ser lançado ainda esse ano na Coreia. O que faz dessa uma franquia de sucesso é uma combinação de fatores, um protagonista forte (em todos os sentidos), cenas de ação bem dirigidas e coreografadas, uma boa dose de humor e um roteiro interessante o suficiente.

Em Força Bruta: Sem Saída, sete anos após as aventuras no Vietnã, o detetive Ma Suk Do tem a missão de investigar um assassinato que tem conexão com tráfico de drogas e a yakuza. Ele já começa com seu jeito no mínimo peculiar, entrando numa boate em que um grupo está experimentando uma nova droga, sem qualquer explicação ele pede que os rapazes guardem as drogas e tira foto de cada um deles – e eles simplesmente obedecem, antes mesmo que Ma tenha que usar sua extraordinária força. O humor é um aspecto muito importante dessa narrativa, principalmente porque acontece de forma orgânica e se encaixa tão bem na personalidade de Ma. Sua atitude com os bandidos e suspeitos é, no mínimo, questionável. Ele não quer machucar ninguém, mas se julgar necessário, é exatamente isso que vai acontecer. Ele não é agressivo, apesar de sua presença imponente e força indiscutível, mas também não é nenhum santo, e essa é a melhor coisa do personagem. Quase todo o humor vem de Ma, que parece sempre levemente entediado com toda a situação, para luta no meio para dizer que está cansado, mas sempre vai em frente e sempre luta pelo lado “do bem”. Continuar carismático enquanto tortura um adversário não é tarefa fácil, mas Ma Dong-seok tira de letra e não deixa dúvidas do porquê de ser a estrela que é.

Ainda que seja um filme de ação em que traficantes brigam com a polícia, “Força Bruta: Sem Saída” segue os antecessores e deixa de lado as armas para dar lugar a lutas na mão, o que torna tudo mais divertido, levando a cenas de ação mais criativas e bem exploradas. Lee Sang-yong, diretor também do filme anterior, faz um bom trabalho novamente para equilibrar coreografia, atuação, música e edição e manter a atenção mesmo quando o roteiro parece ir para um caminho mais óbvio. Aqui, o foco não é necessariamente a história, ainda que ela esteja num nível bem aceitável (ou até acima da média) para filmes do gênero, mas sim os personagens, sobretudo Ma Suk Do e seus colegas de trabalho menos afortunados e as situações inusitadas em que são colocados. 

Com uma sequência já confirmada e filmada, inclusive um teaser dela é mostrado no pós-créditos, serão 4 filmes lançados num intervalo de 7 anos (os últimos 3 em apenas 2). É uma produção acelerada, justificada pelos altos números de bilheteria na Coreia, mas deixa a dúvida se o personagem de Ma, sozinho, será capaz de sustentar tantos filmes tão semelhantes (para não dizer iguais). Até agora, tudo vai bem, então fica a esperança de que eles saberão se reinventar em algum momento, para evitar o cansaço por repetição.

 

Por Júlia Rezende

8

Missão cumprida

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