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São chamados de nativos ou indígenas aqueles que viviam em uma área geográfica antes da sua colonização por outro povo. Aproveitando que dia 19 de abril é comemorado o “Dia do Índio”, vamos relembrar um grande filme indicado a 3 Oscar e que foi dirigido por uma grande estrela do Cinema mundial.

O Vencedor do Oscar Mel Gibson ganhou grande destaque ao produzir, dirigir e protagonizar o épico Vencedor de 5 Oscar “Coração Valente”, em 1995. Seu trabalho seguinte na direção foi no polêmico “A Paixão de Cristo”, em 2004, Indicado a 3 Oscar, e se enganou quem achou que o astro pararia por ali.

Em 2006 foi lançado “Apocalypto”, filme que traz uma história de sobrevivência tendo como pano de fundo o declínio da Civilização Maia, onde seus líderes sentem os maus presságios futuros e se convencem de que mais templos devem ser construídos, assim como mais sacrifícios humanos devam ser realizados. Quando a aldeia de Pata de Jaguar (Rudy Youngblood) é invadida e ele é preparado como um sacrifício que as divindades Maias têm exigido, o jovem caçador valente é forçado a lutar contra e se deparar com um cenário terrível de medo e opressão.
O projeto foi encarado de forma muito séria, com Mel Gibson podendo contar com o auxílio do especialista em cultura Maia Dr. Richard D. Hansen, além do co-roteirista Farhad Safinia. Para o elenco, foram escolhidos proposital e acertadamente rostos desconhecidos como Youngblood, Dália Hernandez, Jonathan Brewer, Israel Contreras e Rodolfo Palacios, que convencem de forma muito verossímil, além do filme ser inteiramente falado em dialeto Maia, que por um lado agregou credibilidade, mas por outro gerou alguns “narizes tortos” do público norte-americano. O trabalho técnico de “Apocalypto” também é impecável, ganhando uma indicação ao Oscar pela maquiagem e duas indicações pelo excelente trabalho de áudio, além da fotografia perfeita de Dean Semler (“Dança com Lobos”, de 1990) e da trilha estonteante de James Horner (“Titanic” e outras dezenas de sucessos).
Gibson prova mais uma vez o seu talento como diretor, imaginativo e ousado, ele toma realmente as rédeas da narrativa, contando a história de forma intensa, cheia de ação e aventura ao estilo “gato e rato” e indo fundo junto com a equipe para trazer o maior realismo e envolvimento possível ao público. Embora muito do seu valor histórico de “Apocalypto” possa ser questionado, não há dúvidas que o diretor enterra o seu coração no meio daquelas florestas mexicanas (onde o filme foi gravado), proporcionando uma viagem fantástica ao espectador, entretendo e alimentando completamente até o final de suas 2 horas e 19 minutos. Filmes como “Apocalypto” não surgem em grande quantidade e nem com tanta frequência, portanto é uma obra que merece ser apreciada. Apesar de gostar de Gibson como ator, a cada trabalho seu na direção eu o admiro ainda mais como profissional, a forma como encara o desconhecido e não ter medo de rebater as críticas ruins provam que o Cinema ainda não é uma mera indústria, e seus filmes são uma forma de “abandonar” as fórmulas prontas e voltar a contar histórias maravilhosas que só o Cinema nos permite.

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