É impossível assistir Brincando com Fogo e não lembrar, já nos primeiros minutos, de filmes como Operação Babá, O Fada do Dente e qualquer outro filme que traz um personagem “machão” sendo forçado a cuidar de uma criança, ou três nesse caso.
Em “Brincando com Fogo” o lutador profissional John Cena interpreta Jake, mais conhecido como “Supe” (uma abreviação do seu cargo de superintendente), um bombeiro que segue à risca todas as regras e vive para o trabalho. Junto com dois amigos também bombeiros, Mark (Keegan-Michael Key) e Rodrigo (John Leguizamo), Supe salva três crianças desacompanhadas de um incêndio e, é claro, é obrigado a cuidar delas pelas próximas horas (que depois se tornam dias).
A história segue os três irmãos Brynn (Brianna Hildebrand), Will (Christian Convery) e a fofíssima e obcecada por Meu Pequeno Ponei, Zoey (Finley Rose Slater) dando muito trabalho para os três bombeiros em situações previsíveis e clichês, mas que fazem rir.
O humor é bem pastelão e usa e abusa das caras e bocas, além do físico do John Cena, que tem diversas cenas sem camisa, e o roteiro não traz nenhuma surpresa – desde o início você já desvenda todo o enredo e nenhuma das situações cômicas é realmente original, mas o filme cumpre o papel de divertir a família, principalmente as crianças.
O filme tem todos os elementos de um clássico de Sessão da Tarde: cenas de ação (muito bem-feitas, por sinal), crianças fofas causando confusão, adultos atrapalhados tentando manter a situação sob controle, um personagem brutamontes, mas que depois se revela sensível, drama, romance e até um cachorro. E como filme de Sessão da Tarde ele convence, principalmente por conta do carisma dos atores, com menção honrosa a Keegan-Michael Key e John Leguizamo, que se viraram muito bem mesmo com o roteiro simples e até John Cena, que nunca tinha atuado como protagonista antes, mas acaba conquistando o público também.
É uma boa opção para entreter as crianças nas férias, mas se não for para levar os pequenos, talvez seja melhor escolher outro filme.