Já que estamos no mês das férias, eis a oportunidade para se estrear essa temporada. A história, embora seja em época de descanso, não diferente do estrago que a digníssima primeira dama do SBT fez (que se meteu a escrever novelas para mostrar algum talento (?) e lógico que a única oportunidade que fora lhe dada foi na ‘TV mais feliz do Brasil’), no primeiro (cruze os dedos para ser também o último) longa-metragem dos alunos – já pré-adolescentes-, eles vão passar as férias no acampamento Panapaná que pertence ao avô de Alice, o senhor Campos (Orival Pessini, o cachorro Fofão). Tudo parece tranquilo, até que surge em cena os sem caráter González e Gonzalito que querem a todo custo comprar o local. Os estudantes tentam salvar o lugar aonde irão se divertir. Não espere muito, pois não passa de mais um capítulo (desta vez com uma hora e meia). As armadilhas feitas pela turma são uma cópia (ou caso eles tenham se inspirado resultando numa coisa medíocre) dos filmes “Esqueceram de Mim” de Chris Columbus.
O elenco tem como coadjuvante Paulo Miklos.Integrante de uma das mais respeitadas bandas de rock brasileira, Miklos é um dos vocalistas, toca guitarra (banjo, flauta, gaita e outros instrumentos), letrista e apresentador. Em 2001 decidiu arriscar-se como ator e na sua estréia em ”O Invasor” fez bonito rendendo elogios por sua atuação. Também fez pontas no excelente “Estômago” (onde sua participação foi mais que notável) e protagonizou “É Proibido Fumar” ao lado de Glória Pires. Agora, digamos que ele conseguiu ‘queimar seu filme’ fazendo um vilão escroto que não tem se quer qualquer trejeito de pessoa má.
Dirigido por Alexandre Boury (diretor dos péssimos “O Trapalhão e a Luz Azul” e “Um Anjo Trapalhão” – e dá até pra entender o porquê que “Carrossel – O Filme” é tão enfadonho) e o ex-diretor de vídeo clipes Maurício Eça (“Apneia”), o roteiro (de Márcio Alemão e Erez Migron) obedece a todos os clichês horríveis contidos na trama “original”. Os personagens são cretinos e cafonas (como por exemplo, a nordestina interpretada por Márcia Oliveira que além de caricata é muito apagada ou a diretora interpretada por Noemi Garbelli que, mais ridícula impossível e isso sem contar com Oscar Filho). Mas, se a direção é pouco propícia, o enredo talvez fosse mais desastroso se a digníssima senhora Abravanel se encarregasse de escrevê-lo.
Mas se tudo vai de mal a pior, nem mesmo as mensagens que tentam passar, tais como conscientizações em preservar a natureza ou a importância da amizade, não conseguem livrar os danos causados pela equipe responsável por sua ruína (cinematograficamente falando). As piadas, de muito mau gosto e não oferecem uma gargalhada se quer. O elenco que está na fase da puberdade (os meninos estão engrossando as vozes e com pelos nascendo, as meninas pode-se notar certa silhueta em seus bustos) não consegue convencer como figuras infantis, enquanto os adultos são patéticas figuras que irritam enfraquecendo ainda mais algo que por si só já estava estragado. Não embarque nesse carrossel.
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