Volume I – O homem, o morcego e o leitor
Em 1939, oitenta anos antes deste texto, o artista Bob Kane escreveu pela primeira vez sobre um super-herói um tanto diferente dos demais, tendo muito mais de herói do que de super. Este, um homem que transforma o próprio trauma em uma virtude de beneficência e heroísmo, se utiliza do dinheiro e do poder deixados a ele para impedir que aconteça com o outro aquilo que lhe ocorreu: surge, assim, o Homem Morcego.
Um dos personagens mais conhecidos tanto da literatura quanto do audiovisual, o Batman marcou um significante número de pessoas ao longo de suas diversas histórias. Seus ajudantes, agregados e vilões acabaram se tornando cada vez mais famosos, fazendo com que se tornassem quase tão conhecidos quanto o herói, desde as variadas versões de Robin, o menino prodígio, até as mais diversificadas faces do vilão Coringa, o qual inclusive ganhou um filme solo neste ano (confira a crítica aqui). Assim, pode-se dizer que são poucas as pessoas que nunca ouviram falar do personagem com alter-ego do bilionário Bruce Wayne.
Por tamanha influência com a sociedade atual, é inegável que tal personagem, em seus oitenta anos de histórias, traria uma grande quantidade de reflexões e debates para aqueles que se interessam pelo assunto. Desde as virtudes de Aristóteles até o utilitarismo de Mill, o personagem gerou diversas polêmicas por seus ideais e jeitos de agir em suas histórias: sua conduta de nunca tirar uma vida, seus métodos de tortura psicológica, e até mesmo seus atos de trazer crianças para lutar a seu lado. Querendo ou não, pode ser só um super-herói, mas apresenta por si só uma forma de ver o mundo, o qual pode ou não influenciar aqueles que o leem ou o assistem no decorrer de suas histórias. A influência destes pensamentos nos mais diversificados públicos se mostra estritamente possível, pois as histórias em quadrinhos – assim como obras audiovisuais – podem ser uma significativa forma de auxiliar o desenvolvimento cultural e moral de seus públicos.
Entende-se, assim, que tal discussão é relevante para se compreender, a partir de uma reflexão sobre a ética e moral do Homem Morcego nas histórias em quadrinhos, a construção de um personagem tão complexo, conhecido e influente na cultura popular contemporânea. Como outros super-heróis – os quais são erroneamente considerados banais e rasos por diversas pessoas –, a própria noção da figura do Batman acompanha uma forte construção moral a partir de sua caracterização, marcando o personagem antes mesmo da frase “Eu sou o Batman”.
Volume II: Caem as pérolas de Martha Wayne
Como quase todos já sabem, a história de origem do Batman se inicia quando, em uma fatídica noite, Thomas e Martha Wayne, bilionários de Gotham City, decidem levar seu jovem filho, Bruce, ao cinema para assistir ao filme do Zorro. Ao sair da sessão, acabam sendo baleados em um beco por um assaltante, deixando órfão seu único filho, que se viu naquela noite derrubado em meio a duas poças de sangue, intermináveis lágrimas e um conjunto de pérolas caídas no chão.
Segundo Aristóteles, a tragédia – esta como gênero artístico grego – serve para fazer com que as pessoas aprendam, com as obras, o conceito de justiça e compaixão a partir de uma reflexão acerca daquilo que se aprende. Assim, Aristóteles defendia que seria preciso uma pessoa boa passar por situações horríveis para que o espectador/leitor experimentasse o sentimento de compaixão e aprendesse com os atos apresentados.
Ao considerarmos as histórias do Homem Morcego como uma tragédia – um jovem que tem tudo, mas acaba sem aquilo que mais lhe valia –, vemos que sua própria concepção apresenta, aos leitores, aquilo que dizia Aristóteles. Sendo Bruce Wayne uma criança, percebe-se que sua inocência infantil gera a compaixão necessária ao público: se é preciso uma pessoa boa passando por situações ruins para gerar compaixão, quem melhor do que um garoto de oito anos?
O que acontece com o jovem Wayne gera, como definiu o filósofo, uma catarse de audiência, o que significa que, a partir desta história, o público é convidado a refletir acerca da tragédia que marcou a vida do futuro Batman – assim como também entender sua decisão de virar um super-herói. O próprio personagem, ao vivenciar tal acontecimento horrendo, decide por pegar todo aqueles sentimentos negativos que lhe cercavam e transformá-los em uma noção de justiça, construindo a partir dessa sua conduta moral, que nos guia para o próximo volume.
Antes disso, ressalta-se que é possível olhar, também, tal fator motivante do Homem Morcego a partir das ideias de Nietzsche. O filósofo alemão defende que as memórias são lembranças que compõe nosso pensamento e intelecção atuais, fazendo com que as pessoas, enquanto no presente, fiquem presas ao passado, sem poder muda-lo. Tal prisão guia as pessoas que mantém memórias – mais especificamente as de arrependimentos – a criarem promessas que se interligam aos acontecimentos passados, e tal noção se relaciona e explica muito a mitologia do Batman: não podendo mudar ou esquecer seu passado, Bruce Wayne promete a si mesmo fazer de tudo para impedir que aquilo aconteça com outras pessoas.
Volume III: A vingança do morcego é a justiça de Gotham
Ainda segundo Nietzsche, a diferença entre justiça e vingança se detém na capacidade de reflexão daquilo que se almeja entre duas pessoas após um acontecimento que prejudicou uma delas. Enquanto a justiça busca trazer um acordo mútuo entre os dois lados, recompondo aquilo que se perdeu, a vingança busca uma reparação a partir de um sentimento de retaliação, não buscando reparar aquilo que aconteceu, mas responder com a mesma moeda.
A forma do personagem de obter vingança pela morte de seus pais, entretanto, vai muito além disso. Um simples ato de vingança seria buscar o assassino de seus pais e matá-lo, mas na maioria das histórias não é isso que o personagem faz. Para o Batman, a ideia de que a vida é sagrada e deve ser preservada é de suma importância, fazendo com que toda sua conduta seja direcionada a partir desta ideia.
Se utiliza da vigilância de Gotham para punir os criminosos e, assim, sentir-se minimamente melhor com isso, fazendo com que pessoas semelhantes ao assassino de seus pais sejam levados à prisão, o que lhe gera uma pequena sensação de retaliação e correção daquilo que lhe foi tirado. Segundo Aristóteles, ser uma pessoa virtuosa moralmente (guiar suas ações para se fazer o certo) leva à felicidade, e é exatamente o que o personagem vem buscando em toda a sua vida: finalmente ter paz de espírito, o que lhe foi negado desde seus oito anos. Assim, a própria noção de vingança do personagem, se constituindo de decisões éticas e virtuosas de como levá-la em frente, se mostra uma forma de justiça para com a cidade de Gotham City, pois em vez de resolver as coisas com as próprias mãos e acabar com os criminosos de uma vez por todas, Batman opta por deixar com que a cidade decida por processá-los e prendê-los da forma certa.
Se apenas os matasse, não apenas iria contra sua própria conduta em relação à ética, como iria contra as leis. Não só a Declaração dos Direitos Humanos é clara em relação ao direito à vida de todas as pessoas, como a própria lei de onde o personagem se insere defende que assassinato é injustificável. O personagem, portanto, se mantém dentro da ética social quando opta por nunca cometer assassinato, deixando com que a punição dos criminosos seja decidida pelo poder maior, ou seja, o Estado.
A ideia de não matar marca o personagem desde o início de suas histórias em quadrinhos, e pode ser intensificada diversas vezes. Quando seu pupilo Jason Todd – o segundo Robin – decide se tornar o vigilante Capuz Vermelho e, com isso, assassinar a sangue frio cada criminoso de Gotham City, o Homem Morcego vai contra aquele que amou – e ainda ama – para manter sua virtude e defender aquilo em que acredita, mesmo que isso signifique lutar contra seu pupilo.
Entre outro exemplo, temos a saga Injustice, onde o Coringa engana o Superman e faz com que este assassine sua mulher (Lois Lane), grávida de seu filho. Tal acontecimento faz com que o Homem de Aço decida por quebrar essa noção ética em relação à justiça, assassinando o palhaço e se tornando um tirano ditador do planeta, visando acabar com qualquer criminoso sem se importar com suas vidas. Em determinado ponto da história, o Homem Morcego consegue magicamente reverter essa realidade na mente do Superman e, ao reviver o acontecimento, mata o Coringa com suas próprias mãos para evitar que o Homem de Aço se corrompa, e, logo em seguida, se dirige à delegacia e se entrega, como um criminoso.
Assim, marcado por sua conduta moral que se relaciona fortemente com a teoria ética, o Homem Morcego se constitui como um super-herói estritamente ético, que se preocupa em cumprir as leis e impedir que estas sejam descumpridas – mas não a todo custo. A cidade de Gotham tem sua justiça feita a partir das mãos do Morcego, que tem nestes atos uma forma de conviver consigo mesmo e ter um mínimo de felicidade ao saber que, se depender dele, ninguém passará por aquilo que ele passou. A vingança se transforma, assim, em justiça, a partir de uma transformação moral daquilo que lhe é entendido como retaliação e correção.
Volume IV – Do Batman ao Robin: a virtuosa BatFamília
Voltando brevemente à Aristóteles, o filósofo defende que uma pessoa com virtude é uma pessoa que, por vontade própria, pratica atos bons. Assim define aqueles com uma conduta moral positiva, os quais possuem na virtude uma ferramenta para praticar o bem. Porém, Aristóteles também defende que, para que uma pessoa seja verdadeiramente boa e virtuosa, precisa ter exemplos em sua vida e, assim, imitá-los.
Primeiramente, podemos dizer que o Batman, em sua concepção geral – deixando de lado universos alternativos – se preocupa com todas as vidas ao seu redor, fazendo o bem a cima de tudo, o que o torna um homem verdadeiramente bom, justo (como comentado anteriormente, pois não se põe acima do Estado) e virtuoso. Entretanto, se relacionado com as ideias de Aristóteles, este precisaria de um exemplo para seguir, e é o caso do próprio pai, Thomas Wayne.
Bilionário dono das empresas Wayne, Thomas foi considerado, nas mais diversas mídias e nos primórdios dos quadrinhos, como um rico filantropo da cidade de Gotham – com exceção de algumas versões específicas, como no filme Coringa, onde o personagem é retratado como uma versão cartunesca de Donald Trump. Buscando salvar sua cidade da corrupção, diversos quadrinhos apontavam este fato como o responsável por sua morte: os corruptos falaram mais alto, e o benevolente precisou ser silenciado. Assim, se relacionando com as ideias de Aristóteles, é possível entender que Bruce se espelhou em seu pai para, assim, se tornar um homem virtuoso.
Não só isso, é possível dizer que o Batman foi um exemplo para diversos outros personagens, guiando-os para um caminho virtuoso do bem. Entre eles, temos os mais diversos Robins: Dick Grayson, o primeiro Menino Prodígio, que se tornou o Asa Noturno; Jason Todd e Damian Wayne – dois de seus pupilos que antes eram assassinos, mas encontraram o caminho virtuoso se espelhando em seu mentor; e Tim Drake e Carrie Kelley, outros nomes que passaram pelo alter-ego.
Muito além dos Robins, a personagem Bárbara Gordon é outro exemplo de quem se espelhou no Homem Morcego para seguir um caminho virtuoso, se tornando, primeiramente, a primeira BatGirl, e recebendo o codinome de Oráculo quando fica paraplégica e se afasta da ação – mesmo sem poder utilizar as pernas, a personagem não deixou de se espelhar noa figura do Batman para fazer atos de heroísmo. Inclusive Selina Kyle – muito conhecida como a vilã Mulher Gato, que antes vivia uma vida de crimes a la Robin Hood – percebe a virtude de Bruce e se junta a ele em sua espreitada contra o crime.
Volume V – Dos quadrinhos à tela: O Morcego de Gotham no audiovisual
As histórias de Bruce Wayne claramente não se limitaram aos quadrinhos, se tornando marcantes tanto no cinema quanto na televisão. Desde a antiga série protagonizada por Adam West até os inusitados filmes com Ben Affleck, a figura do Morcego de Gotham marcou o audiovisual em suas mais diversas formas, trazendo as conceituações éticas e morais do personagens para um público ainda maior, o qual não se limitava apenas às páginas dos quadrinhos.
Na série Gotham, por exemplo, o espectador é convidado a acompanhar a evolução do personagem, onde seus critérios de justiça se desenvolvem e agregam, lentamente, as noções de virtude de Aristóteles – mesmo que de forma indireta. O personagem interpretado por David Mazouz acredita que a violência é fundamental para fazer seu trabalho de vigilante em Gotham City, não dando o mínimo de valor para as vidas de seus antagonistas. Aos poucos percebe, entretanto, que suas noções de justiça se mostram ultrapassadas, até que constrói seus valores morais os quais já são estabelecidos pelo público.
Já no condenado Batman vs Superman, o Homem Morcego de Ben Affleck se mostra um cansado vigilante cuja moral se aproxima muito mais do utilitarismo de John Stuart Mill. De forma simplória, tal conceito defende que a melhor forma de agir é aquela que traz benefício ao maior número de pessoas, desconsiderando a minoria. Ao se colocar contra ao Superman de Henry Cavill, assim, o personagem desconsidera o bem-estar do Homem de Aço e de seus agregados – além das pessoas salvas pelo escoteiro azul – para focar em sua crença de que o alienígena poderia ser um malefício para a humanidade. Releva, assim, apenas o bem-estar de uma maior quantidade de pessoas, e deixa de lado a opinião da minoria, não se importando em matar um inocente para garantir sua visão.
É possível ver novamente o herói colocar o bem-estar da maioria na frente de outras questões no filme Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan. O personagem, visando ajudar à população de Gotham City, esconde os crimes cometidos por Harvey Dent ao assumi-los, colocando o bem-estar da cidade, a qual continuaria acreditando que Dent era um herói, em primeiro lugar, deixando de lado inclusive a própria preservação de sua imagem perante Gotham. A virtude dessa versão apresentada, portanto, se mostra uma das maiores, pois Bruce Wayne sacrificou a si próprio pela simples oportunidade de sua cidade continuar com suas crenças e esperanças intactas.
E, por último, voltando um pouco no tempo, mais especificamente no filme de Tim Burton, Batman Eternamente (1995), a identidade moral do Batman é demarcada em meio à um importante diálogo com o personagem Robin. Quando Dick fala para Bruce que deseja ir atrás de Duas-Caras visando matá-lo para vingar a morte de seus pais, o protagonista diz: “Então, você está disposto a tirar uma vida”, e o Menino Prodígio afirma que “sim, contanto que seja o Duas-Caras”. O Homem Morcego, assim, responde: “Então é desse jeito que acontece: Você mata ele, mas sua dor não morre com Harvey, ela cresce. Então você corre pela noite atrás de outro alvo, e depois outro, e outro, até que em uma terrível manhã você acorda e percebe que a vingança se tornou toda sua vida. E você não vai entender o porquê”.
Conclusão: O bravo e destemido Cavaleiro das Trevas
Como visto neste ensaio, o personagem criado por Bob Kane apresenta sua construção narrativa envolta a diversos conceitos filosóficos, tendo como uma de suas principais características sua conduta moral bem definida: impedir que crimes aconteçam, levando os malfeitores para a justiça, nunca cometendo assassinato – com a mensagem de que os fins não justificam os meios. Tanto ele quanto os personagens ao seu redor possibilitam aos leitores e espectadores a entenderem tais noções, mesmo que de forma indireta.
Os quadrinhos são uma cultura de massa bastante difundido entre crianças e adolescentes – além de também para certos grupos de adultos –, fazendo com que suas mensagens sejam passadas com maior facilidade – mais ainda no cinema, onde seus grandes públicos recebem tais ideias com maior intensidade visual e sonora. Quando falamos especificamente sobre o Homem Morcego, é possível perceber que sua determinação, suas habilidades e sua ambição em entregar a própria vida pelo bem-estar das pessoas o torna um super-herói propriamente dito, mesmo que não tenha superpoderes, e sua tamanha proximidade com a natureza humana se mantém uma forma de seus leitores se relacionarem com ele. Seus valores, assim, ultrapassam as páginas e as telas e alcançam seus leitores, principalmente se considerarmos a influência dos meios de comunicação em massa nas pessoas atualmente.
Quase todas as pessoas, hoje, já ouviram falar do personagem, e tal fato só mostra a relevância de seus assuntos abordados: quanto mais gente o leem e o assistem – ou até jogam seus jogos –, mais pessoas têm a noção das mensagens que suas histórias visam passar. A virtude – ao menos no conceito de Aristóteles – certamente não é característico de todas as pessoas, mas é possível entende-la mais claramente conforme se acompanha a história do jovem Bruce Wayne, que após sofrer tamanha tragédia em sua vida, vira o jogo e se torna o bravo e destemido vigilante de Gotham City.
Referências
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PAIVA, Fábio da Silva. Histórias em quadrinhos e a influência na educação dos leitores: os exemplos de Batman e Superman. Universidade Federal de Pernambucano, 2012.
WESCHENFELDER, Gelson Vanderlei. Os Super-Heróis e essa tal de Filosofia. Revista de Educa;áo do Ideau, vol. 7 – No 15. Janeiro – Junho, 2012