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A mensagem da música “Audition”, de ‘La La Land: Cantando Estações’ (2016) é sobre o quão tolo são os sonhadores. Tolo no melhor sentido possível, pois sonhadores são loucos, já que mesmo quando o mundo diz ser impossível, insistem em provar o contrário. Saliya Kahawatte provou ser um deles. Apenas com 5% da visão, desafiou a lógica e provou ser capaz de fazer o que queria, e calou quem duvidava. Sim, pode parecer muito clichê, mas é uma história incrível que merecia ser contada, e o indicado ao Oscar, Marc Rothemund (‘Uma Mulher Contra Hitler’, 2005) escolheu a melhor forma de trazer uma história inspiradora sem cansar ao utilizar o humor como principal ferramenta.
Leve e dinâmico, a história real do alemão descendente de indianos, toca na sua simplicidade e no absurdo que ela é. Absurdo no sentido de chocar por tudo que acontece, mas de uma forma impressionante. A construção de sua vida é muito bem trabalhada pelo diretor alemão que transmite bem o peso das consequências e da mensagem passada. Mensagem essa já muito explorada no cinema, e que aqui é fortalecida mais uma vez, principalmente por imergir o espectador na vida do personagem. O roteiro simples de Ruth Toma, junto com a direção, trabalha muito bem o humor, fazendo um equilíbrio entre o físico e o textual.
Bem próximo de produções para a televisão, o longa é montado através dos desafios que o personagem enfrenta, e construído de forma simplória e piegas, mas nada que desaponte o espectador. O único problema são as curtas duas horas de duração. Sim, mesmo com esse tempo, a montagem acelera acontecimentos fundamentais e deixa situações sérias e pesadas muito jogadas.
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Para os brasileiros, a surpresa fica com o elenco. Sendo uma produção alemã – chegou até ser destaque na 41ª Mostra de Cinema de São Paulo – a falta de um nome forte presente lá no cartaz pode deixar de ser chamativo para alguns, mas a força é substituída pelo texto, que traz muito da essência de comédias americanas, mas dentro de uma história inédita (em determinados pontos). Apesar do rosto “conhecido” de Johann von Bülow (“Frantz”), outros integrantes supreendem, principalmente Kostja Ullmann. Sutil e encantador, o ator faz um trabalho honesto e entrega o que o personagem precisa, tanto nos seus momentos de humor quanto nos mais dramáticos. Aliás, a união entre Ullmann e Rothemund resultou num bom trabalho quando o assunto é apresentar a “cegueira” do personagem. O diretor escolheu bons elementos para explorar a dificuldade de Kahawatte, que é fundamental para o humor, e de forma nada gratuita, nisso, as situações fazem sentido, e por serem absurdas, fornecem a graça. Não só as situações pelas quais o personagem passa, mas também muito pelo texto do personagem de Jacob Matschenz (“A Onda”), que ajuda ao viver nada mais do que o conquistador meio babaca que todo rapaz certinho tem como amigo nos filmes. Por mais que o cartaz do filme demonstra ser uma comédia romântica piegas, o romance é um pano de fundo bem terciário, que serve para desenvolver a história do personagem.
Junto com os outros, Alexander Held, participante de produções como A Lista de Schindler e A Onda, volta a trabalhar com Rothemund – e também com Matschenz – mostrando um certo rodízio do diretor, com os mesmos atores. A primeira vez mesmo foi de Anna Maria Muhe, que também entrega o necessário e vive uma personagem meiga, fofa, mas ainda assim, forte.
Mesmo clichê, ‘De Encontro Com a Vida’ é uma distração divertida com um humor leve, mas consciente naquilo que transmite. Além de fortalecer a clássica mensagem de “acredite nos seus sonhos, por mais que pareça impossível”, o mais do mesmo conquista. Muitas vezes, o menos é mais, então desencane um pouco de grandes produções e aproveite essa deliciosa surpresa inspiradora.
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