Até que ponto a simplicidade de uma pessoa pode influenciar na ambição ou até mesmo na necessidade de seu semelhante?
Este belíssimo de filme de origem belga com uma história simples, delicada e sensível acaba por responder a indagação feita acima. Sem grandes atuações e com um enredo nada extraordinário, a produção conseguiu tocar o coração do público e da crítica, graças também a sua campanha de marketing que o tornou um filme bastante elogiado.
Trata-se da história de Sandra, interpretada muito bem por Marion Cotillard, que acabara se recuperar de uma a depressão sofrida que a impossibilitou de trabalhar e, antes do seu retorno, acaba sabendo de uma votação feita pelos seus colegas de trabalho que poderiam escolher por ganhar um bônus salarial que, consequentemente, custaria o emprego de Sandra. Após isso, decide, com a ajuda do seu marido, convencer seus colegas a votarem pela sua permanecia. No entanto, a necessidade de muitos dos seus colegas, bem como a solidariedade dos mesmos acaba por ficar em jogo, uma vez que cada individuo possui interesses particulares.
A atuação de Marion Cotillard rendeu muitos elogios da critica especializada, tanto que conseguiu obter sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Atriz, tendo vencido anteriormente em 2008 por Piaf – Um Hino ao Amor. Acredita-se que, dificilmente, uma atriz menos conhecida do público, teria sido tão bem elogiada fazendo o mesmo papel e, consequentemente, a recepção do filme não teria sido tão positiva, com a mesma proporção que teve com Marion interpretando a personagem principal.
Mesmo com tantos pontos a seu favor, será muito difícil Marion Cotillard conseguir receber sua segunda estatueta, em um ano com tantas interpretações tão fabulosas quanto a dela.
Trailer do filme: