É incrível ver que, mesmo usufruindo do avanço da tecnologia, o terror cinematográfico ainda não conseguiu se encontrar. Os filmes de terror rodados em primeira pessoa, ou seja, como se fosse uma filmagem amadora com tendências a relatar acontecimentos reais sempre conseguiu ganhar a atenção do telespectador desde o fim da década de 90, com o filme 1’A Bruxa de Blair’. O engraçado é que, mesmo um determinado filme sendo ruim, o púbico fã do gênero se mantem fiel a produções desse tipo.
O filme começa relatando um suicídio de uma adolescente chamada Laura Barnes que aparentemente é vítima de “bullying”. Após algum tempo depois uma conversa animada entre seis amigos via aplicativo de webcam entra em cena. Fatos grotescos e falas descontraídas e animadas tomam conta do chat até a chegada de um usuário anônimo que entra na conversa sem ser convidado. Ao pensarem que se tratava de uma falha de sistema ou algum hacker bisbilhoteiro intrometido, o grupo de amigos tentam fazer de tudo para se livrar do usurário, até mesmo reiniciar o sistema e instalar um aplicativo que retirasse aquela suposta ameaça. Uma atitude completamente em vão.
O usuário intruso acaba lançando um desafio para os demais componentes do grupo. As pessoas da conversa não levam a sério e uma delas misteriosamente e inexplicavelmente acaba se suicidando. É quando o usuário consegue ganhar a atenção dos demais participantes que acreditam que aquele, na verdade é alguma força sobrenatural, ou até mesmo o fantasma de Laura Barnes.
Todo o enredo tem a personagem Blaire Lily (Shelley Hennig) como figura central e, aparentemente, alguma ligação com aquele intruso que para aterrorizar os demais do grupo, acaba lançando desafios sobre acontecimentos ocorridos no seu cotidiano e que mexeu com a vida de cada um, inclusive, com relatos sobre intimidades e falsas amizades dentre os participantes. Quem perde o desafio acaba misteriosamente morto tendo como causa, um suposto suicídio.
Produzido pelo cazaquistanês Timur Bekmambetov, o qual já dirigiu e produziu filmes conhecidos do público como ‘Procurado’ com Angelina Jolie e ‘Abrahan Lincoln – Caçador de Vampiros’, produzido em parceria com Tim Burton, o filme ‘Amizade Desfeita’ é o primeiro terror que se utiliza da tecnologia computadorizada mundana em torno de “webchats” via computador e smartphones, uma novidade muito conhecida e utilizada por jovens, um aspecto bem interessante e diferente que levanta opiniões mistas, na maioria negativas por se tratar de um enredo inteligente mas muito mal aproveitado com traços um tanto confusos para a crítica especializada.
Shelley Hennig conseguiu o papel principal de Blaire Lily, uma adolescente bem de vida e misteriosa para a trama. Shelley é conhecida no mundo das celebridades como modelo profissional e atriz de várias séries como a interessante e já finalizada ‘The Secret Circle’. No cinema já teve pequenas chances como em um papel coadjuvante em ‘Ouija’. Entretanto, a falta de papeis importantes estão contribuindo para o esquecimento da atriz. Outro detalhe estarrecedor para o filme em questão é o fato da atriz de quase 30 anos ser escalada para interpretar um adolescente de menos de 18. Mesmo com a beleza estonteante de Shelley, o tempo já deixou sua marca.