Este interessante filme independente denota mais uma preocupação auto-centrada em Hollywood e a crítica liberal diante de seus conflitos internos, como em O Mensageiro(2009). Entre os campos da base militar de Guantánamo, a vergonha mais maculada da política americana de combate ao “terror”, desenvolve-se a trama no local referido no título, atualmente desativado. Um alojamento-prisão onde o acordo de Genebra com seus princípios de direitos humanos não foram respeitados. Torturas a detentos, prisões sem provas concretas, raptos de cidadãos árabes extraditados em países europeus, etc. Kristen Stewart em mais um esforço pós-Crepúsculo, interpreta a deslocada Amy, uma jovem soldado de uma pequena cidade na Flórida alocada na base, onde encontra nos corredores o carismático Ali (Peyman Moaadi), preso desde o 11 de Setembro. Entre muitos abusos de uma rotina extenuante, onde jovens são impostos a crer nesta manutenção da opressão, constróe-se um laço improvável entre uma garota presa de uma vida sufocante ao protocolo militar, e um homem culto e rebelde retirado de seus direitos básicos. O estreante Peter Sattler, que também roteirizou a produção coloca todo o peso do drama nas mãos de Kristen, que não decepciona, mas não surpreende. Não fosse seu prólogo inicial muito acanhado e longo, este pequeno filme teria mais força, pois o elo só acontece depois de quase 57 minutos de projeção, onde a apresentação dos dois personagens se dá neste meio tempo. O melhor diálogo do filme acontece entre Amy e seu oficial maior interpretado por John Carroll Lynch, onde vemos o desgosto dos soldados mais velhos em não ver justiça ou equilíbrio moral em um campo onde não há inimigos reais, mas cordeiros falseados como lobos para acalmar a paranóia contemporânea estadunidense. As filmagens ocorreram em um presídio desativado da Califórnia e a produção estreou em Outubro nos Estados Unidos, também sendo disponibilizado pelo Itunes, oque provavelmente fará com que venha para DVD aqui, mas está disponível virtualmente.