Amy Poehler é protagonista de uma das séries mais engraçadas dos últimos tempos (‘Parks and Recreation’), os seus papéis sempre são muito semelhantes, uma desordeira, colocando tudo em jogo à custa de diversão. Já Tina Fey tem nos seus papeis algo mais contido, como uma visão crua e irônica sobre o caos. O que vemos em ‘Irmãs’ é a inversão desses papeis, uma boa oportunidade para essas excelentes comediantes explorarem formas diferentes de atuar.
Em ‘Irmãs’, nova comédia dirigida por Jason Moore, Kate (Tina Fey) e Maura (Amy Poehler) precisam voltar para a casa onde cresceram para esvaziar os seus quartos após os seus pais venderem o imóvel. Insatisfeitas com a situação, ambas decidem fazer uma última festa como na época de colégio, em forma de despedida do lar de infância.
O filme reúne cenas excelentes em meio àquelas risadas tímidas, mas quem rouba a cena é Bobby Moynihan interpretando Alex, que chega perfeitamente fazendo seu papel como um insuportável, mas com o decorrer de situações, o seu personagem se torna uma grata surpresa, fazendo cada aparição render boas risadas ao público.
Não se trata do melhor trabalho de ambas juntas, ou em comparação aos seus trabalhos individuais, mas vemos uma comédia detalhada de clichês, e piadas que nos pegam de surpresa, e claro, quando se trata de uma comédia, é o principal com o que devemos nos importar. Ela nos faz rir? Muito. O filme segue o mesmo passo das comédias atuais, porém com algumas piadas mais ousadas, como a da caixinha de música, que rendeu boas risadas.
As comédias atuais se esforçam para se assemelharem aos clássicos dos anos 70 e 80, tempos de ouro do gênero, mas o que se pode enxergar em ‘Irmãs’ é que por mais que a indústria de Hollywood se esforce para perder a graça de seus filmes, temos duas comediantes que fazem qualquer história simples se tornar engraçada e divertida, fazendo um bom filme tornar sua tarde ou noite muito mais agradável.