O que é um milagre para você? Pense bem antes de responder. De acordo com o dicionário, milagre é definido como um ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais. Portanto nem venha com uma resposta do tipo “milagre é ganhar na loteria”, milagre mesmo é o que aconteceu com Anna Beam, uma menina de 10 anos que se curou de uma doença rara e considerada incurável.
Dirigido por Patricia Riggen, ‘Milagres do Paraíso’ é baseado no livro homônimo de Christy Beam, e conta a história da família Beam. A mãe de Anna, Christy Beam é interpretada por Jennifer Garner, que passa a viver em função da filha doente, interpretada por Kylie Rogers. A química entre as duas é muito benéfica ao filme, pois permite que ele retrate com intensidade a força que a união entre elas teve para que a história tivesse um final feliz. A representação feita em cima de Jennifer Garner é admirável, e demonstra o poder do amor materno com firmeza. Christy é forte e capaz de tudo para ver o bem estar da filha, assim como toda a família Beam.
‘Milagres do Paraíso’ não é nada complexo e tem uma narrativa bastante linear. Porém o fato de não ter uma narrativa complexa não quer dizer que o filme não faz o espectador pensar. Pelo contrário. A forma como a história é apresentada é agoniante, com cenas dramáticas e pesadas, carregadas de sofrimento. Um dos pontos mais discutidos no filme é referente à fé, já que a família Beam é religiosa e pratica essa religiosidade. Durante a trama, a família chega a desconfiar do poder de Deus, e o espectador também se sente confuso, seja ele religioso ou não, e reflete “Por quê com ela?”. O filme pode até ser considerado gospel, pois tudo se baseia na crença da família em Deus, mas ele tem um certo poder interessante de emocionar até os que não são religiosos.
‘Milagres do Paraíso’ não é o tipo de filme que vai encher as salas de cinema, e nem vai causar burburinhos nas redes sociais, mas de fato é uma história que merece ser contada, não somente por ser baseada em uma história que realmente aconteceu, mas também por abordar um tema que anda distante do dia a dia das pessoas, a fé.
