Para quem ama histórias de detetive e drama policial, chega aos cinemas nesta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, o filme “Morte no Nilo”, que é baseado no romance homônimo da escritora Agatha Christie, de 1937, que é conhecida como a “Rainha do Crime”.
O longa que é uma sequência de “Assassinato no Expresso do Oriente”, lançado em 2017 – também uma adaptação de outro livro da autora – marca o retorno de Kenneth Branagh novamente na direção e no papel do protagonista Hercule Poirot, um dos detetives mais famosos da ficção.
O longa conta com um elenco estelar que além de Branagh, tem nomes como Gal Gadot, Armie Hammer, Tom Bateman, Letitia Wright, Annette Bening e Rose Leslie.
“Morte no Nilo” mostra o detetive Hercule Poirot de férias no Egito, mas acaba precisando investigar o assassinato de Linnet Ridgeway, uma rica herdeira, que misteriosamente morre durante sua viagem de lua de mel num cruzeiro pelo rio Nilo. Por coincidência quase todos os passageiros têm motivos para matá-la. Enquanto as investigações têm início no próprio navio, novas mortes acontecem com o intuito de encobrir a verdade.
O filme impressiona por sua grande qualidade cinematográfica, com uma fotografia que mostra cenários luxuosos e lugares paradisíacos, mesclando com momentos intimistas dos personagens, focando em apresentar os mistérios em cada detalhe dos objetos de cenas e diálogos dos atores.
A direção de Kenneth Branagh e o roteiro de Michael Green, trazem mais uma vez o estilo dos livros de Agatha Christie ao apresentar numerosos personagens excêntricos, que se transformam em suspeitos com o andamento da história. Mas diferente de “Assassinato no Expresso do Oriente”, existe um domínio maior na construção narrativa em “Morte no Nilo”, sendo muitas vezes superior ao primeiro filme.
Essa percepção é clara quando temos um maior aprofundamento na história de Hercule Poirot, que é misterioso como os crimes que investiga. A ideia do longa de contar sobre sua juventude, os seus traumas e cicatrizes, ajudam na bagagem dramática do personagem, sendo um dos maiores pontos positivos do filme.
O longa tem um ritmo lento, chegando a ser tedioso com as atuações mornas de Gal Gadot e Armie Hammer, que interpretam os noivos injustiçados. É só no meio da trama, quando as mortes vão acontecendo, que conseguem resgatar o suspense investigativo, deixando mais instigante saber o que realmente aconteceu naquele navio.
Mesmo com um desfecho de crime previsível por se tratar de um história já tão conhecida e influente, “Morte no Nilo” acerta ao entregar trejeitos visuais e narrativos dos filmes noir para criar uma atmosfera obscura e amarga, digna de um drama policial.