Que filme estranho esse ‘O Estranho Caso de Ezequiel’. São dois filmes em um só, com duas estéticas totalmente diferentes. Isso não é necessariamente ruim, pode até ser uma forma interessante de se contar uma história, mas ao menos o diretor do filme precisa entender qual é o objetivo de sua produção. Não é o caso do diretor Guto Parente, de ‘A Misteriosa Morte de Pérola’.
Em ‘O Estranho Caso de Ezequiel’, que se encontra na mostra competitiva do 5º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curibita, o personagem Ezequiel, vivido por Euzébio Zloccowick, vive triste após a morte súbita de sua mulher Lorena, interpretada por Nataly Rocha. Após um fenômeno desconhecido, a vida de Ezequiel muda completamente.
Guto Parente em debate sobre o filme no 5º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba (Foto: Marina Capretti/ Pipoca De Pimenta)
O primeiro e segundo ato são ótimos, a estética utilizada pelo diretor é de encher os olhos. A fotografia é muito agradável e marcada por uma solidão adequada ao momento do personagem, porém o terceiro ato se desmancha e se afunda em conflitos sem sentido.
(Foto: Marina Capretti/ Pipoca De Pimenta)
O diretor Guto Parente participou de um debate durante o 5º Olhar de Cinema realizado em Curitiba, após a exibição de seu filme, que está na mostra competitiva do Festival. Ele mesmo parece não entender ao certo alguns pontos de seu filme.