Para alguns, 2016 foi um ano bastante fraco para o cinema. Honestamente, dentre muitas decepções ao longo da temporada, foram muitos filmes que me fizeram, rir, sentir medo, me segurar na ponta da poltrona e também me emocionar. Como apenas dez filmes deixariam muitos que gostei de fora, decidi fazer um top 5 por gênero, assim sobra filme para agradar a todos os gostos. Confiram a seguir:

Dois Caras Legais Dois Caras Legais

AÇÃO E AVENTURA

Invasão a Londres (07 de abril)
Porque ver: Excelente química entre Gerard Butler e Aaron Eckhart e boa direção de Babak Najafi. Apesar do patriotismo exagerado no discurso, tem grandes momentos de ação ao mesmo tempo em que diverte.

Mogli – O Menino Lobo (14 de abril)
Porque ver: Incrivelmente fiel à clássica animação e ainda conta com efeitos visuais impecáveis e grande elenco para dar vida aos personagens. Shere Khan é um dos vilões mais ameaçadores do ano.

Dois Caras Legais (21 de julho)
Porque ver: Shane Black sabe como poucos aliar ação e humor. Contando com atuações incríveis e química perfeita entre Ryan Gosling e Russell Crowe, o diretor nos presenteia com um excelente ‘noir moderno’ se passando nos icônicos anos 70.

Jason Bourne (28 de julho)
Porque ver: Após uma derrapada no filme anterior (com outro protagonista), o verdadeiro Bourne (Matt Damon) e o diretor Paul Greengrass retornam para resgatar a essência da franquia com uma trama ágil, perseguições alucinantes e cenas de ação de tirar o fôlego.

Meu Amigo, o Dragão (29 de setembro)
Porque ver: Os estúdios parecem esquecer, mas por incrível que pareça há pessoas que não gostam tanto assim de super-heróis. Para quem procura um filme divertido e emocionante para ver com a família, essa é certamente uma das melhores opções.

Zootopia Zootopia

ANIMAÇÃO E COMÉDIA

Zootopia: Essa Cidade é o Bicho (17 de março)
Porque ver: É um clássico instantâneo por atingir aquele patamar ideal das animações: ser divertido e ao mesmo tempo abordar temas maduros e importantes tanto para as crianças quanto para os adultos. Além disso, o filme conta com uma deliciosa canção de Shakira e uma qualidade de animação gráfica impecável.

O Bebê de Bridget Jones (29 de setembro)
Porque ver: Ok, esse terceiro filme pode ter vindo muito tardiamente, mas o retorno da diretora original da franquia coloca uma das personagens mais queridas do cinema de volta aos trilhos com suas trapalhadas de costume, superando até as plásticas que quase deixaram René Zellweger irreconhecível. Garantia de muitas gargalhadas.

Kubo e as Cordas Mágicas (13 de outubro)
Porque ver: Kubo consegue equilibrar perfeitamente o ritmo, humor e narrativa de animações que estamos acostumados no ocidente com a delicadeza e emoção de uma fantasia tipicamente oriental. Uma belíssima obra capaz de fazer rir e chorar na mesma proporção.

Jovens, Loucos e Mais Rebeldes (20 de outubro)
Porque ver: Richard Linklater merece destaque por fazer o tipo de filme que não se faz mais atualmente. Contando com um elenco grande e extremamente talentoso, o diretor recria os anos 80 sob a ótica de vários universitários em um time de baseball, que só querem saber de diversão e paquera. Absolutamente nostálgico e com uma trilha sonora incrível, que vai do country ao punk.

Sing – Quem Canta Seus Males Espanta (15 de dezembro)
Porque ver: Pegando carona no sucesso estrondoso que são os ‘reality shows’ de música na televisão, Sing conta a história de um dono de teatro falido que decide fazer um concurso para achar a nova estrela da música. Mas, nada disso funcionaria sem o coração e a mensagem de ‘não desista dos seus sonhos’ que o filme tem. Incrivelmente hilário e comovente.

O Lamento O Lamento

SUSPENSE E TERROR

A Bruxa (3 de março)
Porque ver: Indo na contramão dos blockbusters de terror atualmente, A Bruxa se destaca ao abandonar os sustos e jumpscares gratuitos pra apostar em envolver o espectador em uma atmosfera intensa e macabra. Bem dirigido, com direção de arte incrível e grandes atuações, o filme tem todo o potencial para se tornar um clássico instantâneo.

Rua Cloverfield, 10 (7 de abril)
Porque ver: Esse merece destaque por vários motivos, mas o mais interessante é que mesmo sendo uma continuação indireta para o found footage de monstro ‘Cloverfield’, conta com uma atmosfera muito mais intimista e caprichada no suspense do que seu antecessor. Destaque para a assustadora e bizarra atuação de John Goodman.

O Homem nas Trevas (8 de setembro)
Porque ver: Fede Alvarez despontou com seu visceral e sanguinário remake de ‘A Morte do Demônio’, mas neste filme se superou. Ao contar uma história cheia de suspense e reviravoltas, o diretor consegue transformar uma casa em um ambiente extremamente hostil, perigoso e escuro, contando com uma cinematografia impressionante, deixando o espectador literalmente na ponta da cadeira.

Elle (17 de novembro)
Porque ver: Paul Verhoeven domina o gênero do suspense e não é de hoje. Em ‘Elle’, o holandês entrega uma das histórias mais polêmicas dos últimos anos, contando com a atuação fenomenal de Isabelle Huppert no papel de uma mulher estuprada que ao tentar descobrir a identidade do violador acaba se envolvendo em uma relação extremamente perigosa.

O Lamento (22 de Dezembro)
Porque ver: O ano já estava acabando quando essa preciosidade do incrível cinema de horror sul-coreano surgiu por aqui. Um filme longo, mas que vai crescendo cada vez mais e que mistura uma trama policial, reinventa o exorcismo e ainda fala de fantasmas e demônios. Com cenas belissimamente filmadas no meio da chuva, ‘O Lamento’ é um dos mais assustadores e ricos filmes de terror dos últimos anos.

Animais Noturnos Animais Noturnos

DRAMA

O Regresso (4 de fevereiro)
Porque ver: Alejandro Iñarritu pode até ser arrogante, falar algumas besteiras, mas é inegável seu talento ímpar para o cinema. Sua nova parceria com o diretor de fotografia Emmanuel Lubeski rendeu alguns dos planos mais bonitos filmados esse ano e a exímia atuação física de Leonardo DiCaprio foi suficiente para presenteá-lo com seu primeiro e merecido Oscar. Um épico selvagem de imagens que ficarão para a história.

A Chegada (24 de novembro)
Porque ver: De um grande diretor para outro, o canadense Dennis Villeneuve está vivendo seu grande momento em Hollywood. ‘A Chegada’ não é apenas um dos melhores dramas com ficção cientifica de 2016, mas também um dos melhores filmes do ano. Excelente atuação de Amy Adams, muito suspense, reviravoltas e grande fotografia combinada com uma trilha sonora enigmática e impressionante.

Sully – O Herói do Rio Hudson (15 de Dezembro)
Porque ver: Primeira parceria entre Clint Eastwood e Tom Hanks, o filme recria com perfeição o acidente ocorrido em 2009. Tecnicamente um dos trabalhos mais impecáveis do ano, com efeitos visuais e sonoros de cair o queixo, apoiados por uma sólida direção do grande Clint. Destaque também para Tom Hanks e Aaron Eckhart.

Capitão Fantástico (22 de Dezembro)
Porque ver: De tempos em tempos surge aquele filme chamado ‘indie’, com personagens que pensam fora da caixa e costumar lutar contra o sistema e a vida mecanizada que a maioria segue hoje. O deste ano conta a incrível história de um pai que vive com os filhos na floresta, mas precisa enfrentar o choque cultural da sociedade atual para realizar o último desejo da falecida esposa. Emocionante atuação de Mads Mikkelsen.

Animais Noturnos (29 de dezembro)
Porque ver: Segundo filme do também estilista Tom Ford, esse filme combina perfeitamente sofisticação e estilo com uma cruel e atormentadora história de um pai que perde a esposa e filha e precisa ir atrás de vingança. Por trás disso está Amy Adams lendo um livro escrito pelo seu ex-marido, que lhe faz reavaliar as escolhas que fez durante a vida. Incrivelmente lindo e assustador.

Sing Street Sing Street

MUSICAL E ROMANCE

Carol (14 de Janeiro)
Porque ver: Um dos primeiros grandes filmes a surgir por aqui este ano, Carol conta a história de um amor ‘proibido’ para sua época e é dirigido e atuado com tanta delicadeza por Todd Haynes e as estrelas Cate Blanchett e Roney Mara que não poderia ter ficado de fora da lista. Um dos filmes mais sensíveis de 2016.

A Luz Entre Oceanos (3 de Novembro)
Porque ver: Derek Cianfrance trabalha como poucos o melodrama contemporâneo, como fez em ‘Namorados para Sempre’. Neste filme, ele se arrisca ao contar um drama de época muito bem atuado pela dupla principal Alicia Vikander e Michael Fassbender. Com belas paisagens e fotografia impecável, é um prato cheio para quem ama melodramas de época.

Como eu Era Antes de Você (16 de junho)
Porque ver: Ok, esse vai causar certa polêmica. Mas, se o assunto é romance, nada melhor do que acreditar no destino e que a vida reserva coisas boas para as pessoas de bem. Confesso que fui assistir sem pretensões e me surpreendi com o carisma e ingenuidade do papel de Emilia Clarke e sua química com Sam Clafin. Ao mesmo tempo emocionante e divertido.

Amor e Amizade (11 de agosto)
Porque ver: 2016 não deixou os fãs de Jane Austin desamparados. Baseado na obra da escritora, o diretor Whit Stillman entrega uma deliciosa comédia de época cheia de fofocas, intrigas e traições, ao estilo Downton Abby. Uma das melhores surpresas do ano e incrível atuação de Kate Beckinsale, a melhor de sua carreira.

Sing Street: Música e Sonho (14 de Dezembro)
Porque ver: Enquanto Lalaland não estreia por aqui, provavelmente o melhor filme que consegue aliar uma boa história com excelentes músicas é este filme que infelizmente não chegou aos nossos cinemas, estreando direto em streaming. Talvez o melhor ‘feel good movie’ de 2016, com romance na medida certa e uma bela homenagem a música dos anos 80.

Capitão América: Guerra Civil Capitão América: Guerra Civil

FANTASIA E FICÇÃO CIENTÍFICA

Deadpool (11 de fevereiro)
Porque ver: Deadpool é um dos melhores filmes do ano não apenas pela hilária forma como caçoa de si mesmo e dos filmes de super-heróis, mas pelo que ele representa para o futuro do subgênero. Sucesso absoluto de crítica e bilheteria, o filme provou que é possível sim fazer histórias adultas de super-heróis sem medo da censura. Ryan Reynolds conseguiu provar que foi a escolha perfeita para o anti-herói falastrão e piadista.

Batman v Superman: O Despertar da Justiça (24 de março)
Porque ver: Ok, mais uma polêmica à vista. Reconheço todos os defeitos de montagem que impediram o filme de ser mais bem aceito por crítica e público. Mas, o encontro entre provavelmente os dois maiores super-heróis de todos os tempos na telona rendeu vários momentos épicos. Envolto na estética sombria e pessimista de Zack Snyder, fomos apresentados a um Batman extremamente violento e ameaçador, como nunca visto no cinema anteriormente. Uma obra-prima imperfeita.

Capitão América: Guerra Civil (28 de abril)
Porque ver: Por sua vez, a Marvel/Disney provou que tem total controle sobre seu universo cinematográfico. Sob direção dos irmãos Russo, ‘Guerra Civil’ é uma aula de como trabalhar motivações de vários personagens sem deixa-los ‘jogados’ ou ‘perdidos’ na história. Um filme que diverte e também impressiona nos momentos de ação. E a sequência do aeroporto pode ser considerada o momento mais épico dos filmes de super-heróis no cinema.

Star Trek: Sem Fronteiras (1 de setembro)
Porque ver: Indiscutivelmente um dos melhores blockbusters de 2016, irá certamente agradar aos fãs do reboot da franquia. Com sequências de ação espetacularmente filmadas e um dilema familiar que adiciona uma carga emocional incrível ao filme, serviu também como uma bela homenagem de despedida ao ator Anton Yelchin, falecido poucos meses antes da estreia. Equilíbrio perfeito entre a ação e a emoção.

Rogue One: Uma História Star Wars (15 de dezembro)
Porque ver: A chance de um spin-off da maior franquia da história do cinema dar errado era muito grande. Mas, felizmente a direção de Gareth Edwards trouxe apenas coisas positivas para o filme. ‘Rogue’ tem identidade própria e funciona como um filme de guerra ao mesmo tempo em que traz consigo momentos incríveis para os fãs da franquia original. E que Darth Vader foi aquele, meus amigos?

MENÇÕES HONROSAS

A Ovelha Negra – Drama/Comédia – Islândia (11 de fevereiro)

Memórias Secretas – Drama – Canadá (12 de maio)

Elvis e Nixon – Comédia/Histórico – EUA (16 de junho)

A Intrometida – Comédia/Drama – EUA (4 de agosto)

Meu Rei – Drama – França (15 de setembro)

Demônio de Neon – Drama/Terror – Dinamarca (29 de setembro)

No Fim do Túnel – Suspense – Argentina (6 de outubro)

Invasão Zumbi – Ação/Suspense/Terror – Coréia do Sul (29 de Dezembro)

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