A Matriarca
Director
Matthew J. Saville
Genre
Drama
Cast
Charlotte Rampling, George Ferrier, Marton Csokas
Writer
Matthew J. Saville
Company
Pandora Filmes
Runtime
90 minutos
Release date
28 de março de 2024
Nesta quinta-feira (28), chega aos cinemas o longa “A Matriarca” (Juniper, título original), que é o primeiro longa-metragem do diretor neozelandês, Matthew Saville. Que oferece uma reflexão profunda sobre as relações familiares e as complexidades que permeiam os vínculos entre diferentes gerações.
O filme conta a história de Ruth (Charlotte Rampling), uma ex-correspondente de guerra que, após fraturar a perna, vê-se obrigada a morar com seu filho Robert (Marton Csokas) e seu neto Sam (George Ferrier), cuja rebeldia se intensificou após a perda da mãe e sua expulsão do internato.
O foco narrativo concentra-se na evolução do relacionamento entre avó e neto. Inicialmente, marcado por conflitos e distâncias emocionais, o vínculo entre Ruth e Sam se transforma em uma jornada de autodescoberta e reconexão emocional.
Mas o longa não romantiza relacionamentos familiares, mostra como é difícil lidar com histórias do passado que moldaram a infância de cada pessoa.
A icônica atriz Charlotte Rampling rouba a cena como Ruth. Uma personagem marcada por uma vida independente e desafiadora, que tem uma personalidade complexa e cheias de camadas. Ela nasceu numa época muito além do seu tempo, onde quebrou barreiras ao ser uma fotógrafa de guerra. E por essa história de vida não convencional para uma mulher, ela sempre foi segura de si e muito livre. Mas, por outro lado, não soube lidar com várias questões como maternidade e o envelhecimento.
Já seu neto, Sam enfrenta seus demônios, principalmente depois da morte de sua mãe, o que faz o personagem desenvolver problemas de saúde mental, mudanças de comportamento, pensamentos suicidas e a busca por um sentido de pertencimento. Com isso, o filme retrata como o Sam vê na avó um refúgio. E o mesmo serva para a Ruth, que antes vivia muito sozinha e isolada.
Embora “A Matriarca” tem uma narrativa que, traz muito do cinema independente, recorre a clichês narrativos sobre transformações pessoais, sua delicadeza e sensibilidade na abordagem das relações familiares garantem uma experiência emocionalmente envolvente.
É uma boa escolha para quem procura um filme que dá aquele quentinho no coração, mas que tem boas atuações e uma história sobre uma mulher que fez a diferença, pois mesmo sendo uma personagem fictícia, essas mulheres existiram. Então é muito interessante trazer esse tipo de personalidade para as telonas.