Os romances atuais, de um modo geral, ganham sempre o respeito do público jovem, principalmente quando envolvem histórias sobre o mundo adolescente. O que vem acontecendo muita frequência em Hollywood são as adaptações de best sellers como os filmes da Saga Crepúsculo, Jogos Vorazes e o filme tratado nesta análise, Se Eu Ficar.
Embora tais filmes dessa natureza sejam sempre bem aceitos pelo público jovem, os mesmos não marcam, necessariamente, toda uma geração e, muito menos, tem potencial para se tornarem clássicos um dia. Estes filmes simplesmente marcam por um determinado momento e se perdem no esquecimento do publico ao serem produzidas muitas outras produções do mesmo gênero.
O filme Se Eu Ficar, baseado no livro If I Stay, conta a história de Mia Hall, interpretada pela então nova queridinha da América, Chloë Grace Moretz, que, ao sofrer um acidente de carro com sua família acaba entrando em coma profundo, estando quase morta e com seu espírito preso no limbo espiritual momentâneo, ou seja entre a vida e a morte, podendo Mia observar e vivenciar tudo aquilo que acontece fora do seu corpo.
Não sabendo como lutar pela vida, Mia acaba se prendendo as suas lembranças mais fortes com sua família, namorado e sua outra grande paixão, a música.
A forma pela qual Mia tenta aceitar todos os pontos negativos daquela situação é, de fato, emocionante, mas não impressiona.
As falhas no roteiro sobre dons espirituais mal desenvolvidos e movidos pelo sentimento e amor acabaram por conceber ao filme opiniões mistas e divididas, dadas pela critica especializada.
Parte do público acredita que o filme foi ofuscado pelo grande sucesso de A Culpa é das Estrelas, lançado meses antes do lançamento de Se Eu Ficar.
Outros acreditam que o filme não alcançou a bilheteria esperada devido a outras produções com histórias similares terem ganhado o gosto do público em anos anteriores, como a comédia E Se Fosse Verdade com Reese Witherspoon, lançado em 2005, e uma outra comédia do inicio dos anos 90, Papai Fantasma, com o comediante Bill Cosby e dirigido pelo grande Sidney Poitier.
É fato que adaptar uma obra literária, mesmo que a mesma não tenha sido um Best Seller, é um grande desafio para os diretores e roteiristas cinematográficos. Alguns preferem modificar a história original de forma que a mesma acabe ficando mais agradável para o cinema e outros preferem manter todo o seu teor. É aí que mora o perigo, pois determinados enredos se apresentam um tanto complexos, sendo que o texto agradável lido pelo público acaba, algumas vezes, não tendo a mesma recepção quando é adaptado para a sétima arte, acabando por não agradar os seus telespectadores.
Trailer do filme: