Chega aos cinemas nesta quinta-feira (16), “Shazam! Fúria dos Deuses“, novo filme da DCU. A sequência do herói mais divertido da DC Comics continua com a ideia de ser um filme-família com seu tom leve e com sacadas divertidas, mas que comete deslizes narrativos.
No longa, o adolescente Billy Batson e seus irmãos continuam aprendendo a lidar com seus novos poderes. Desta vez, eles precisarão lidas com Deusas antigas que chegam à Terra em busca da sua magia roubada há muito tempo.
O diretor David F. Sandberg continua no comando dos filmes do Shazam, que já segue a linha narrativa que James Gunn e Peter Safran querem trazer para a nova fase do universo da DC nos cinemas. Como no primeiro filme do herói, temos uma visão mais descontraída, que brinca o tempo todo com o próprio universo, mas sem perder o tom familiar, se diferenciando do humor sem limites de “Deadpool”, por exemplo.
Zachary Levi prova mais uma vez como é ótimo no papel de Shazam. Ele é extremamente cômico, sabendo equilibrar com cenas mais emocionantes. O único ponto é que em alguns momentos o ator exagera na infantilização do personagem Billy, que neste segundo filme já está com quase 18 anos, o que acaba dando a sensação que sua versão jovem interpretada por Asher Angel é mais madura, quebrando a ideia de que ainda se trata do mesmo personagem.
Já as novas vilãs interpretadas por Helen Mirren, Lucy Liu e Rachel Zegler tem uma construção problemática. A história das deusas não tem tanta fúria como sugere o título do filme, além disso, os objetivos das personagens são pouco exploradas deixando a narrativa um pouco confusa.
Um dos pontos que surpreende são os efeitos especiais que supera filmes de orçamentos maiores. O design das diversas criaturas míticas como o dragão e os unicórnios, são bem executadas, onde acertam em mostrar detalhes de suas formas.
É possível se divertir sem compromisso com “Shazam! Fúria dos Deuses“, esses problemas podem ser relevados com o carisma da família Shazam, que é um ponto importante para o objetivo da história, mas desliza com suas decisões previsíveis, que para uma sequência pode ser pouco construtivo para o futuro do personagem nos cinemas.