“Entre Laços” aborda temática LGBT de forma delicada e encantadora

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Vencedor do Prêmio Teddy no Festival de Berlim e eleito o melhor filme internacional no Festival Mix Brasil de 2017, Entre Laços estreou nos cinemas brasileiros no Dia Internacional Contra a Homofobia.

O filme conta a história de Tomo (Rin Kakihara), uma garota de 11 anos que é negligenciada pela mãe Hiromi (Mimura) que vai embora de casa, mais uma vez,  sem previsão de volta deixando apenas um bilhete para a filha, então Tomo vai passar uma temporada na casa de seu tio Makio (Kenta Kiritani), quando descobre que o mesmo agora mora com a namora Rinko (Tôma Ikuta), uma mulher transexual. A princípio Tomo fica apreensiva com a presença de Rinko, porem a enfermeira doce e gentil conquista a garota através de cuidados simples como preparar o almoço dela, coisa que a mãe de Tomo não fazia.

Além da trama que se desenvolve no ambiente familiar de Tomo o filme mostra a luta de Kai (Kaito Komie), colega de escola de Tomo, que sofre bullying na escola por ser gay, e mostra um pouco da história de Rinko quando adolescente se descobrindo transexual e a aceitação de sua mãe.

O diretor contrasta o comportamento duro e preconceituoso de Naomi (Eiko Koike), mãe de Kai, com o de Fumiko (Misako Tanaka), mãe de Rinko, que a aceitou e compreendeu quando adolescente, momento que é mostrado em um flashback da vida de Rinko, que é também uma das cenas mais bonitas do filme.

Ogigami apresenta diferentes formas de maternidade durante o longa, e o faz sem passar nenhuma forma de julgamento, mesmo quando trata-se de Hiromi, mãe de Tomo, que nunca está em casa, só oferece refeições de lojas de conveniência e abandona a filha, ou Naomi que apesar de acreditar estar fazendo o melhor pelo seu filho, impõe a ele o comportamento que ela considera normal trazendo muito conflito para a vida de Kai, ele também apresenta outros ângulos da maternidade através de Rinko que impedida de ter filhos vê em Tomo uma chance de passar todo seu amor materno, e Fumiko, mãe de Rinko que é compreensiva e oferece apoio total para sua filha.

A diversidade sexual e de gênero é abordada de uma maneira aberta, e gentil à medida que Tomo vai se afeiçoando a Rinko e se tornando mais interessada no processo de transição de gênero da enfermeira.

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Rinko apesar de toda sua dor se matem tão pura e tão boa que faz com que a personagem pareça surreal, já Fumiko, mãe de Rinko é tão inconveniente e estranha que alguns de seus diálogos parecem não ter o porquê de estar acontecendo.

Durante o decorrer do filme nota-se que o hobbie de tricotar de Rinko é muito mais do que um passatempo, é uma forma de expressar suas raivas e frustrações e também torna-se uma forma de aproximação entre Rinko, Makio e Tomo.

Apesar da temática LGBT, o filme não trata somente de temas a cerca de diversidade sexual e de gênero, ele também é sobre os relacionamentos entre mães e filhos e como ele afeta a vida desses filhos.

A maneira como as cenas acontecem no filme, em tomadas mais longas com imagens fixas, e uma estética natural traz suavidade ao filme e nos permite perceber aspectos mais sutis da atuação, como gestos e a forma como os personagens interagem com o ambiente a sua volta.

Rinko é interpretada por Tôma Ikuta, um ator conhecido pelo seu papel no drama televisivo “Hanazakari no Kimitachi” e, considerado controverso pela sua natureza gender-bending, Ikuta interpreta Rinko de forma sutil e doce, porem seria interessante a escolha de um ator transexual para o papel.  Além da interpretação de Ikuta destaca-se também Rin Kakihara como Tomo, que além da interpretação natural consegue se expressar através de gestos e olhares sem fazer necessário o uso de palavras.

Entre Laços é um filme que mostra a formação de uma família, apesar de todas suas dificuldades, e faz um apelo a aceitação e compreensão de forma leve e encantadora.

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