A tão aguardada série “Loki” finalmente chegou ao Disney+, apresentando a volta do vilão mais amado pelos fãs do universo Marvel. O seriado será transmitido às quartas-feiras, ao invés de sexta, como foi o caso de WandaVision e Falcão e o Soldado Invernal.
Tom Hiddleston volta a interpretar Loki, que completou 10 anos dando vida ao personagem desde a sua primeira aparição em Thor (2011). O ator que já declarou diversas vezes o seu amor pelo personagem é agora o produtor executivo do novo projeto.
Vale lembrar que o Deus da Trapaça teve um arco de redenção ao longo da trilogia de Thor e os filmes dos Vingadores, sendo morto por Thanos (Josh Brolin) no Vingadores: Guerra Infinita. Mas quando tudo parecia acabado, uma versão sua do passado retorna após os acontecimentos temporais de “Vingadores: Ultimato”, onde escapou com o Tesseract, bagunçando a realidade ao criar uma nova linha do tempo.
Esse sendo o ponto de partida da história é relembrando logo no início do primeiro episódio o momento de sua fuga e finalmente mostrado que ele foi parar em um deserto na Mongólia, mas momentos depois ele é detido e capturado pela TVA (Autoridade de Variância do Tempo), uma organização que controla o Multiverso mantendo o tempo e o espaço em ordem.
O ponto principal do episódio é introduzir de forma bem didática o que é a TVA, explicando sua origem, como é feito o trabalho da agência e o julgamento que Loki passará após cometer o crime de interferir no tempo. Mesmo sendo um episódio menos empolgante, a dinâmica entre Loki (Tom Hiddleston) e Mobius M. Mobius (Owen Wilson), um dos membros da Autoridade da TVA, são os melhores momentos.
A cena de grande destaque do episódio é a conversa entre os dois numa sala que mostra em vídeo toda a vida de Loki, onde existe ali uma mistura de interrogatório e uma sessão de terapia, onde Mobius procura entender quem é o verdadeiro Loki Laufeyson. Desta forma, consegue-se entender com mais profundidade as ações e motivações do vilão, onde é introduzido a sua ligação forte com sua mãe e o reino de Asgard.
A série segue a linha das novas produções exclusivas da MCU para o Disney+, lembrando até alguns aspectos de WandaVision, principalmente na forma de narrativa que foge do estilo dos filmes da Marvel.
Já o visual da série chama muito atenção por misturar constantemente o passado e o futuro, seja pelas viagens do tempo feitas pelos timekeepers por diferentes décadas, mas também na própria direção de arte, principalmente da TVA, que mostra objetos de alta tecnologia e também máquinas mais antigas, estilo anos 80, carregando uma atmosfera mais analógica.
Já no segundo episódio de “Loki”, a narrativa é mais dinâmica com o Deus da Trapaça se tornando uma espécie de membro da organização para ajudar a capturar uma nova ameaça para a linha do tempo. Desta forma, o seriado cria um enredo mais investigativo, o que lembra a narrativa de “Doctor Who”, a clássica série de aventura e viagem no tempo.
Até o momento, a série agrada ao mostrar mais de um personagem tão enigmático do MCU. Mesmo mostrando sua versão vilã e traiçoeira, a série já demonstra que Loki não será o personagem como o público está acostumado, talvez caminhando para mais uma nova trajetória de redenção.
E para quem não acompanha todo universo Marvel, pode se perder em algumas referências, mas a série ainda consegue trabalhar em uma narrativa mais acessível, conseguindo chamar um novo tipo de espectador.