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10 anos atrás, “Mamma Mia” conquistou o grande público do cinema com seu roteiro divertido, elenco de ponta e sucessos na trilha sonora. O longa, baseado no musical da Broadway, com todos os elementos a seu favor, dificilmente seria ruim. E igualmente difícil, seria conseguir produzir uma continuação a altura do original.
Consciente, a produção de “Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo” não mediu esforços para que a continuação ao menos mantivesse o mesmo patamar de qualidade do original. O diretor e roteirista Ol Parker mostrou sua habilidade em lidar com um elenco experiente em “O Exótico Hotel Marigold”, e também em conseguir manter a qualidade numa continuação despretensiosa em “O Exótico Hotel Marigold 2”. Assinando o roteiro com Parker, a continuação do musical teve ninguém menos que Richard Curtis, renomado diretor e roteirista inglês com grandes comédias românticas em seu currículo. Com esses nomes conhecidos na direção e roteiro, e o retorno confirmado de todo o elenco do primeiro filme, as expectativas apontavam para um filme grandioso, ou assim nos fizeram acreditar.
Não que o filme seja ruim, longe disso, mas é necessário dizer: não se deve desprezar o talento de Meryl Streep. Apesar do que a campanha do filme vende, a renomada atriz não está no filme, pelo menos não como se esperava. Para um paralelo contemporâneo, a participação da atriz se assemelha a participação de Mark Hammil como Luke em “O Despertar da Força”. Tal ausência, apesar de conduzir a trama do filme, causa um desconforto mórbito durante as duas horas de projeção.
A continuação não perde o seu valor, mas perdeu completamente o espírito do primeiro filme. A forma que os desdobramentos são conduzidos se assemelham a uma homenagem póstuma para a atriz (que até onde se sabe, está muito bem de saúde), resultando numa trama dramática que apela para o emocional do público.
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Todo o elenco é primoroso, não há o que dizer das atuações, e o retorno de todos os personagens é algo bonito de se ver na tela, especialmente para uma continuação lançada 10 anos depois. Dentre os veteramos, Amanda Seyfried e Colin Firth se destacam pela emoção e divertimento, respectivamente.
As adições ao elenco também não decepcionam, Lily James entrou no espírito da personagem de Donna e tem uma atuação a altura de Streep. Certamente a escolha da atriz foi influenciada por seu trabalho em no seriado de época “Downton Abbey”, onde sua personagem é igualmente “maluquinha”, como Donna.
Hugh Skinner também merece elogios pela reprodução dos trejeitos de Colin Firth que beira a perfeição.
Por outro lado, as adições de Andy Garcia e Cher são desnecessárias e nada acrescentam a trama. Enquanto o personagem de Garcia é coadjuvante demais para o seu talento, a Cher recebe um destaque despropositado, que inclusive é incoerente com a trama.
Entre os erros e acertos, há duas coisas extremamente covardes no filme: a fotografia e a trilha sonora. O cenário é absurdamente belo, e as escolhas do diretor souberam valorizar as paisagens em cada cena. E quanto a trilha do Abba, não há incômodo na repetição de algumas músicas e as novas ajudam a criar a atmosfera proposta pelo longa.
Em suma, o filme é muito bom, mas tem uma campanha que tenta enganar o público, o que pode causar decepções para alguns. Inclusive, os mais fracos podem derrubar lágrimas em vários momentos, e talvez esse não seja o espírito de Mamma Mia.
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