Em tempos assim você aprende a viver de novo, diria uma canção de rock. E em tempos difíceis, histórias de amor se fazem necessárias para nos descolarmos um pouco de uma realidade diária dura e cruel. “Modern Love”, série original do Amazon Prime Video, chega com sua segunda temporada no momento certo.
Aperfeiçoando o formato da primeira temporada, misturando romances mais açucarados e histórias de amores improváveis e amizades que se renovam, a nova leva de episódios que adapta histórias reais publicadas no jornal The New York Times traz um quentinho para o coração. Sem um elenco tão estrelado como a primeira temporada, os episódios se revezam entre Nova York e a Inglaterra e mostram um caminho interessante para tornar a produção mais global com histórias de outros lugares.
Os destaques deste novo ano ficam para “Em uma estrada sinuosa, com a capota aberta” que conta com Minnie Driver no elenco e traz uma história sobre o desapego das memórias de um amor do passado e a maturidade de um relacionamento. “Estranhos em um Trem (de Dublin)” aborda uma história sobre o impacto da pandemia e as relações humanas entre o amor e a tecnologia com uma paródia bem divertida das situações clichês das comédias românticas, além de Kit Harington no elenco. “Tentando novamente, com coração e olhos abertos” que mostra um casal divorciado que descobre que longe da rotina diária de um casal funcionam melhor e resolvem dar uma segunda chance a si mesmos.
Boas surpresas ficam para “Um plano de vida para dois, seguido por um” que traz uma história amor de infância que apesar de erros cometidos no passado ganham novo significado com o tempo. Em “Sou? Talvez esse teste me diga” que parte dessa febre de testes da internet que buscam revelar sua personalidade através de perguntas casuais para mostrar a jornada de uma jovem na descoberta de sua sexualidade. Boas histórias leves e divertidas que tocam desde um público jovem até um mais maduro.
A produção do Amazon Prime acerta não só no timing de lançamento como no equilíbrio neste novo ano. Os novos 8 episódios não deixam o ritmo da maratona cair e nem destoa muito entre uma ou outra história como no ano anterior onde pelo menos 2 episódios ficam bem abaixo dos preferidos do público. Outra mudança é a conexão entre eles que surgiu como desfecho da primeira temporada, mas essa fórmula não é repetida e contribui mais para a finalização das histórias.
Uma coisa ficou clara com o fim da segunda temporada: todos precisamos da terceira para olharmos para esse mundo louco em que vivemos com mais leveza e esperança. Já diziam aqueles jovens rapazes ingleses Amor é tudo que precisamos!
