O que se aborda num filme sobre adolescentes é um pacote de clichês com piadas ruins contadas em histórias distintas. Não é isso que o espectador vê em “Moonrise Kingdom”.
O longa não é apenas fofo, bonitinho e gracioso. Pode ser considerado um longa de peso. Começando pelo diretor Wes Anderson (diretor de “A Lula e a Baleia” e “O Fantástico Sr. Raposo”) passando pelo roteirista Roman Coppola (ex-diretor de videoclipes, que trabalhou com Wes Anderson no roteiro de “A Viagem de Darjeeling”, é também filho do diretor e produtor Francis Ford Coppola e irmão da cineasta Sofia Coppola), produzido também por Scott Rudin (também produtor dos primeiros filmes de “A Família Addamns”), com uma trilha sonora composta por Alexandre Desplat, que compôs também para filmes como “O Discurso do Rei”, “A Hora Mais Escura”, “Argo” e “Philomena”, o diretor de fotografia Robert D. Yeoman (que trabalhou com Anderson em “Os Excêntricos Tenenbaums” e com elenco de primeira. Com orçamento de 16 milhões e filmado todo em Rhode Island, nos Estados Unidos, com locações divinas, “Moonrise Kingdom” mostra um retrato maduro e sem atenuantes da fase da adolescência, com direito a temas como primeiro amor e sexaulidade.
Apesar de ser um filme com um elenco de primeira, quem se destaca mesmo, é o casal de adolescentes fugitivos. Não pelo motivo de que a história gire em torno deles, mas a inocência, a meiguice e o jeitinho nerd do dois (os estreantes no Cinema Jared Gilman e Kara Hayward que apenas atuavam em séries de tv) chegam a encantar o espectador.
O diretor Wes Anderson, é o que mais se destaca no ramo do cinema independente e vai arrastando novos admiradores do estilo com seus filmes.
O longa é um espetáculo e deixa o espectador maravilhado com as divinas paisagens e modo com a história é narrada.
“Moonrise Kingdom” abriu o Festival de Cannes na França. No Oscar ainda foi indicado na categoria de melhor roteiro original.