“O Lendário Cão Guerreiro” é uma animação esquecível

Estreia nesta quinta-feira, dia 25, a nova animação da Paramout Pictures, “O Lendário Cão Guerreiro”, que conta com atores famosos como Michael Cera, Samuel L. Jackson e Ricky Gervais que dão voz aos personagens animados.

O longa conta a história do cachorro desajeitado Hank, que sonha em ser um samurai. Para isso, ele vai até uma cidade cheia de gatos para aprender a se tornar um herói, mas o grande problema é que os felinos odeiam os cães, o que dificulta a realizar o seu sonho.

O filme segue a fórmula de mostrar a jornada do herói, fazendo referências de clássicos como “Karatê Kid” e “Kill Bill”. Além disso, é facilmente comparado com a famosa animação “Kung fu Panda”, por trazer um personagem atrapalhado que sonha em ser um herói, mas “O Lendário Cão Guerreiro” está longe de ser tão boa quanto a história do Panda Po.

A animação tem um humor interessante ao se reconhecer como um filme, pois, constantemente, os personagens quebram a quarta parede e interagem com os elementos do filme, como por exemplo, avisar ao público que terá um flashback. Mas mesmo com todo esse esforço em parecer “diferente” de outras produções, a trama não é empolgante ou tão engraçada.

Por conta disso, o único ponto positivo do filme é usar como analogia a rivalidade de cães e gatos para debater sobre preconceito racial e cultural. Na animação, os gatos soltam diversas frases preconceituosas e muita fake news sobre como é um cachorro. E isso está muito presente em discursos cotidianos de pessoas racista e xenofóbicas, que propagam ódio e desinformação.

Mas o grande problema de “O Lendário Cão Guerreiro” é que não apresenta personagens carismáticos, onde as relações são genéricas e pouco exploradas para se criar algum um vínculo com o público. O filme pode ter sido uma tentativa da Paramout de trazer uma animação engraçada com discursos sociais, mas ao todo, é uma história totalmente esquecível.

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