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Como é sabido por muitos, nem todo filme de terror agrada a todos, nem mesmo a fãs do gênero. Ainda mais um spin-off.
Mas o que dizer de bom desta senhora sobrenatural que chamam de “A Freira”?
Falem bem ou mal de James Wan, mas não é exagero considerar que o malasiano idealizou o terror moderno, dando ao público um gostinho diferente de apreciar filmes (não extraordinariamente caros) que iriam se consolidar nas sequências de seus originais, mesmo sem todo o grotesco banho de sangue ou a nudez desacerbada que é mostrada na maioria dos filmes de terror, voltada mais para o público jovem.
É claro que esta ideia deixa um pouco de lado o filme que o ajudou a construir a sua fama, “Jogos Mortais”.
Um ponto fundamental nos filmes de Wan, é que talvez ele tenha tido a tal da brilhante ideia, assim como gigantes do cinema mundial como Spielberg tiveram ao longo de suas carreiras, que foi trabalhar com crianças em produções censuradas e limitadas ao seu ponto de vista.
É fato que em “Invocação do Mal” vemos um terror diferente, sem a necessidade de mortes de personagens importantes e que, realmente, prende a atenção do público até o fim, repetindo o feito na sua sequência.
Já em “Annabelle”, mesmo sem Wan na direção (mas na produção), vemos um enredo um pouco mais violento mas sem destacar a violência sanguinária como ponto fundamental da trama.
Em “A Freira”, Wan preferiu ficar, também, apenas na produção e história, dando a direção a Corin Hardy que ganhara destaque com o não tão bom “A Maldição da Floresta” e que ganharia novos olhares dando sequência a esta franquia de terror com até então cinco filmes, mesmo com títulos diferentes.
É claro que “A Freira”, embora tenha tido uma bilheteria elevada na semana de estreia, não supera os outros quatro filmes, mesmo com os graves defeitos de “Annabelle 2”, contudo, acabou dando ao público vários elementos que o fazem um bom filme de terror, como o cenário sendo um antigo castelo mal assombrado, uma trilha sonora tenebrosa (apesar de não ter sido produzida por Joseph Bishara que trabalha muito com James Wan, mas sem desprezar o bom trabalho de Abel Korzeniowski), um bom trabalho de fotografia que desenvolveu bem as cenas escuras, gráficos que destacam a figura demoníaca do vilão de uma forma bem peculiar e não sendo repetitiva em torno de “Invocação do Mal 2”, bem como acabou por explicar e desenvolver a conexão com os demais filmes, especialmente com o primeiro “Invocação do Mal”.
Como no mundo do cinema, nada é 100% perfeito, o filme comete uma série de erros cuja a falta poderia desenvolver melhor a história, como as mortes que poderiam ter mostrado, tanto das freiras dos castelo, como a dos moradores do vilarejo, bem como as desnecessárias cenas de heroísmo do personagem Frenchie (Josnas Bloquet) que acabou por tirar um pouco do brilho dos personagens principais. A cena em que o padre Burke (Demíen Bichir) é enterrado vivo poderia ter sido melhor desenvolvida a ponto de não ficar tão confusa aos olhos do público.
É de se esperar, como já deu a entender o próprio James Wan, sobre uma possível sequência de “A Freira”, que outros filmes da franquia que venham a ser produzidos, se tornem agradáveis aos olhos do público. Contudo, é desejável que a franquia não chegue a se tornar chata e descartável, assim como outras do gênero.
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