Era uma vez uma linda menina com o sonho de virar atriz… Parece até a história da personagem Mia de “La La Land”. É quase isso. Essa é a história de Emily Jean Stone, mas que prefere ser chamada apenas de Emma Stone. A atual queridinha de Hollywood nasceu em novembro de 1988 e, desde pequena, sonhava com o universo hollywoodiano enquanto morava em Scottsdale, no Arizona, onde nasceu e passou grande parte da infância.
Os pais Jeff e Krista Stone, junto com o irmão Spencer, assistiram Emma em 16 produções teatrais no Valley Youth Theatre, em Phoenix. Teatro esse que realizava adaptações de peças famosas, incluindo “Romeu e Julieta” e “O Vento nos Salgueiros”, feitas por e para a família. Seu período de Ensino Médio foi no Xavier College Preparatory, um colégio católico só para meninas. E foi aos 15 anos que sua vida mudou.
Intitulado “Projeto Hollywood”, o Power Point apresentado por Emma conseguiu convencer seus pais que mudar para Los Angeles seria uma boa ideia. A atriz deixou o colégio e se mudou com sua mãe e lá completou seus estudos em meio a ensaios e testes para TV e cinema.
Emma Stone como Mia, em ‘La La Land: Cantando Estações’, que lhe rendeu a indicação ao Oscar
Em 2004, aos 16 anos, Emma teve sua primeira oportunidade na televisão, o reality show “In Search of the Partridge Family”. O programa tinha a função de buscar novos atores para uma nova versão da série “The Partridge Family” (1970-1974), uma sitcom americana sobre uma família de músicos. Emma venceu o reality, mas teve uma vitória um pouco amarga, já que “The New Partridge Family” teve apenas um episódio exibido. Uma outra frustação veio quando Emma fez o teste para o papel da personagem Claire Bennet, no seriado “Heroes” (2006–2010) e acabou perdendo para Hayden Panettiere. A atriz revelou em entrevista para a revista Vanity Fair que se sentiu no fundo do poço, pois achava que seria o trabalho da vida dela. Só que Emma não esperava o que vinha pela frente.
Stone participou de séries como “Medium” (2005-2011), “Zack & Cody: Gêmeos em Ação” (2005-2008), “Malcolm” (2000-2006) e “Drive” (2005). Mas foi apenas em 2007 que sua trajetória para se tornar a queridinha de Hollywood começou. E, quem diria, ao lado de Jonah Hill.
Ela deixou seu loiro natural de lado e adotou o ruivo em “Superbad – É Hoje” (2007), filme que teve um orçamento de U$ 20 milhões e arrecadou, aproximadamente, U$ 170 milhões. É claro que todo o elenco ganhou visibilidade, inclusive Emma. A comédia continuou fazendo parte da sua carreira, que fez papéis de pouco destaque em “A Casa das Coelhinhas” (2008), “O Roqueiro” (2008) e “Minhas Adoráveis Ex-Namoradas” (2009).
Ainda no ramo da comédia, Emma ganhou um maior destaque ainda em 2009 com “Zumbilândia” que, além de um sucesso comercial, também conquistou a crítica. Assim, Emma conseguiu seu primeiro filme como protagonista.“A Mentira” (2010) teve uma boa bilheteria e ainda rendeu à atriz uma indicação ao Globo de Ouro. Não largando o humor, Emma fez mais uma participação, dessa vez em “Amizade Colorida” (2011) e, pouco depois, contracenou com Ryan Gosling em “Amor a Toda Prova”.
Seu maior destaque, porém, veio ainda nesse ano com “Histórias Cruzadas”, filme no qual atuou ao lado de Viola Davis, Bryce Dallas Howard, Jessica Chastain e Octavia Spencer. Também com um bom faturamento nas bilheterias, o longa ganhou forte destaque nos Estados Unidos com vários elogios ao elenco e à história, além de ter vencido 41 prêmios, entre eles Oscar, Globo de Ouro e BAFTA.
Nesse período, Emma foi ganhando espaço e se transformando, aos poucos, na queridinha do cinema. Além de prestígio, conquistou papéis de maior visibilidade, como em “O Espetacular Homem-Aranha” (2012), em que fez o par romântico de Andrew Garfield como a personagem Gwen Stacy. Essa dupla agradou ao público e a eles mesmos, tanto que o casal engatou um namoro. Voltando às suas raízes, Emma escondeu o rosto e dublou a personagem Eep em “Os Croods” (2013), uma jovem da era pré-histórica que deseja se desvencilhar do instinto protetor do pai e conhecer o mundo fora da caverna.
Já com uma indicação ao Globo de Ouro, Emma surpreendeu a todos – inclusive ela mesma – com sua presença na lista de indicadas ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Birdman” (2014). “Não esperava, de jeito nenhum, foi totalmente uma surpresa”, revelou a atriz ao E! Online Brasil durante o tapete vermelho do Globo de Ouro 2015. Sua indicação não foi para menos: além de muito elogiada pela crítica, a atriz revelou à Rolling Stone que sentiu muita pressão e estresse de gravar, tanto que chegou a “perder a cabeça”. “Eu tive que entrar no final de uma cena, e eu estava muito assustada, porque tudo estava fora do tempo (…) Alejandro disse, ‘Emma, você deve ir mais rápido ao virar a esquina ou irá estragar o filme’. E eu estava tipo, isso é um horror, isso é tão difícil, realmente insano”, disse.
No ano seguinte, Emma emprestou sua voz para outro papel, mas dessa vez nos palcos. A atriz protagonizou a peça “Cabaret”, na Broadway. Emma fez a personagem Sally Bowles, que já foi interpretada por Liza Minelli nos cinemas em 1972 e por Michelle Williams, no teatro.
Vencedora do SAG Awards na categoria de Melhor Atriz, a atriz aumenta chances no Oscar
Entre 2010 e 2015, Emma teve 38 indicações em premiações, que iam do Oscar e Globo de Ouro ao Phoenix Film Critics Society e Teen Choice Awards. Dessas 38 indicações, Emma teve 14 vitórias. Nesse período, a atriz atuou em 24 filmes e em seis séries.
Atualmente, Emma Stone está indicada ao Oscar de Melhor Atriz por ‘La La Land: Cantando Estações’ (2017) e já levou um Globo de Ouro pela mesma categoria. Em meio aos milhares de flashs de câmeras e bajulações em Hollywood, Emma não escondeu certos acontecimentos antigos da sua trajetória. “Algumas vezes no passado, enquanto fazia um filme, me disseram que eu estava atrapalhando o processo quando trazia uma opinião ou ideia. Não queria pensar que era por ser mulher, mas em algumas oportunidades eu improvisei, riram da minha piada e depois passaram para os atores homens”, disse Emma durante entrevista sobre “La La Land”.