Os lobos solitários são animais que com anos de experiência caçando em bando usam essa experiência adquirida apenas para a sobrevivência, não importando mostrar seu valor para outros da sua espécie.
Jim Reed (Tom Berenger) é um homem amargurado com o passado que, convivendo com uma doença terminal, caça nas florestas do Maine para se sentir vivo. Só que por engano seu destino se cruza com assaltantes em fuga e ele precisa usar sua experiência de caça para sobreviver.
O longa de estreia na direção do cineasta John Barr (que chega direto às plataformas digitais) é um bom suspense com clima de tensão que aproveita muito bem a fotografia das gélidas florestas do norte do EUA.
O cenário isolado e inóspito é perfeito para o clima de suspense do filme em meio a esse ambiente sem regras para perseguição a pé dos personagens e luta pela vida.
Tom Berenger, que é conhecido por seus papéis em “Platoon” e “O Atirador”, tem uma atuação burocrática e em alguns momentos até inverossímil para um homem de 72 anos que tem que lidar com homens fortemente armados e sem armas. Não faz lembrar em nada “Busca Implacável” de Liam Neeson que mesmo com quase 70 anos entregou excelentes sequências no seu filme. Mas, nada que comprometa o clima de ação.
O filme apesar de uma boa fotografia tem dificuldade de dar profundidade aos personagens secundários e acaba ficando extremamente ancorado nas ações do protagonista, o que prejudica o ritmo.
Tom Berenger, um ator de grandes sucessos nos 80 se vê ainda preso aos mesmos papéis do passado para os filmes: um drama típico dos heróis de ação da mesma época. Infelizmente se percebe porque o Stallone esqueceu de chamar ele para a festa dos Mercenários.