“Pinóquio (2022)” é mais um live-action fracassado da Disney

Como é de conhecimento geral, a Disney vem lançando diversos remakes das animações icônicas do estúdio. E nesta última quinta-feira, dia 8, foi a vez da clássica história do menino de madeira, “Pinóquio”, ganhar a sua versão live-action. O filme estreou diretamente no streaming Disney+, como parte do evento Disney+ Day, que é um dia dedicado à chegada de novidades e grandes estreias na plataforma.

Essa escolha do estúdio de lançar “Pinóquio” diretamente no streaming, ao invés do lançamento tradicional no cinema, causou certo estranhamento. E quando finalmente se assiste ao filme, entendemos o motivo: o live-action não é bom.

Mesmo com uma produção turbulenta, com diversas versões de roteiro e saídas de diretores do projeto, o longa ainda tinha tudo para dar certo por possuir um grande elenco como Tom Hanks no papel de Gepeto, Joseph Gordon-Levitt como o Grilo Falante, e claro, a direção de Robert Zemeckis, responsável por clássicos como “De Volta Para o Futuro”, “Expresso Polar” e “Forrest Gump”.

O grande problema de “Pinóquio” (2022) é ser um filme sem alma, onde a emoção é quase nula, isso é resultado de mudanças na história, principalmente, na finalização do filme, que foge totalmente do que conhecemos da mensagem de Pinóquio, que sonha em ser um menino de verdade, e aprende lições valiosas sobre a vida e o amadurecimento.

O filme começa fofo e divertido, como a animação de 1940, existe o claro intuito de modernizar a história, o que é interessante para uma nova adaptação. O longa tem piadas sobre a fama e influenciadores, e diversos easter eggs de personagens da Disney, que funcionam e divertem o público.

O roteiro perde o ritmo a partir do começo da aventura de Pinóquio. Neste momento, são apresentados novos personagens e motivações, mas a questão é que nada é aprofundado e com algum motivo para estarem ali. Além disso, incomoda como também descartam personagens icônicos, como a Fada Azul, que só aparece no começo do filme, a personagem tem uma participação um pouco confusa, mas com uma interpretação belíssima da atriz Cynthia Erivo.

Os efeitos visuais é um grande pilar para este filme, pois quase todos os personagens são fantasiosos, como o próprio Pinóquio, o gatinho Fígaro, o Grilo Falante, entre outros. O problema é que o CGI está inacabado, ficando mais visível durante o longa. Faltou um planejamento em como gastar o orçamento do filme, que poderia ter optado na criação de cenários, tendo mais efeitos práticos e menos dependência da tela verde, isso com certeza ajudaria a passar alguma verdade do que é assistido.

Por fim, o que se conclui é que mais uma vez a Disney falha com um live-action de seus clássicos, onde é melhor assistir apenas os originais. No caso de Pinóquio, a animação de 1940 ainda carrega toda a verdadeira mensagem, e o remake não consegue fazer jus a transformadora história do menino de madeira.

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