Em 1996 Kevin Williamson e Wes Craven trouxeram um novo olhar para os Slasher Movies, transportando o espectador para dentro da história e dos personagens com primeiro filme da franquia Pânico.
Vamos hoje mergulhar nesse universo, comentando os elementos principais dos 4 filmes da franquia e das duas temporadas da Série, então fique atento, pois todos são suspeitos e todas as suas ações podem te deixar frente a frente com Ghostface.
Qual seu filme de Terror Favorito? – Pânico (1996)
Sidney é uma adolescente normal que vive com seu pai, namorado e amigos em Woodsboro, Califórnia, quando assassinatos ligados a ela começam a acontecer.
Vários elementos destoam dos filmes do gênero e agradaram ao público, como uma protagonista forte que não é mais uma “mocinha em perigo” ou “vítima indefesa” e a grande reviravolta na revelação do assassino.
Geralmente filmes do gênero chegam a irritar os mais exigentes, afinal, quem nunca gritou com a tela e com os personagens, “Olha aí, atrás de você”, “Corre logo”, “Lá vai ela tropeçar e morrer”, todo mundo já pensou que não morreria em um filme desses. Randy (Jamie Kennedy) comenta as regras para sobreviver em um filme de terror, entre elas as mais famosas como manter-se virgem e nunca, jamais dizer “eu volto já”, .Movies e renovando o gênero
O número de mortes sempre é maior no segundo filme – Pânico 2 (1997)
Na sequencia, Sidney tenta levar uma vida “normal” na Universidade um ano depois dos assassinatos, mas acaba atormentada quando o livro escrito por Gale Weathers (Courteney Cox Arquette), nossa querida e detestável repórter, transforma-se em um violento filme de terror e as mortes recomeçam.
Somos apresentados a novas regras seguindo a sequencia de filmes de terror, alguns dos nossos queridos personagens retornam, como o policial Dewey (David Arquette). Na continuação, qualquer um pode ser o assassino, movido por vingança, loucura ou os dois, todos são suspeitos. Não se deve assumir nunca, em hipótese alguma que o assassino já está morto (eles sempre voltam para o susto final) e as cenas de morte tem que ser mais elaboradas, afinal a continuação deve manter-se a altura do original.
O passado volta para te assombrar – Pânico 3 – 2000
Três anos depois do massacre na Universidade, Sidney vive isolada em uma casa de campo no interior, tentando superar seus traumas. Ghostface retorna, com as gravações de um novo “Punhalada”, franquia inspirada nos assassinatos, ligando as novas mortes do set de filmagens a Maureen Prescot, mãe de Sidney.
No terceiro e mais fraco filme da franquia, existe uma maior ocorrência de sátiras, pois trata-se de uma filmagem baseada nos eventos ocorridos, personagens “reais” e atores de encontram, causando situações inusitadas. Ao mesmo tempo, Sidney é obrigada a confrontar o passado de sua mãe, descobre detalhes de sua vida que a ligam ao novo assassino.
Dessa vez as regras se alteram um pouco, todos podem morrer, até a protagonista, já vimos isso em alguns filmes do gênero, o triunfo do assassino. Deve-se ter mais cuidado com o assassino, pois no terceiro filme ele aparenta ser indestrutível, ou seja, tentativas de mata-lo devem ser bem executadas e deveras certificadas, como vários tiros, fogo, explosões, esquartejamento, tudo ao mesmo tempo.
O Inesperado é o novo clichê – Pânico 4 (2011)
Quando pensamos que acabou, eis que Wes Craven nos brinda com uma nova e atualizada sequencia de Pânico.
No novo filme da franquia, Sidney promove seu livro de autoajuda, saindo em turnê, com a última para em Woodsboro, coincidentemente na semana de aniversário dos eventos de 96. Ghostface a recepciona com o violento assassinato de uma adolescente e então o pesadelo se inicia.
Mas dessa vez, com novas regras. Esqueça tudo, ou quase tudo, que se viu nos filmes originais da franquia: dessa vez o assassino faz seu próprio filme, gravando as mortes em tempo real; os virgens podem sim morrer, talvez tenha sorte se for gay. As motivações do assassino podem ser bizarras, não daremos spoilers aqui, mas assista e entenderá.
E, não mecha com o original! Essa regra deveria ser respeitada por toda e qualquer continuação ou remake, use elementos, homenageie, mas, por favor, não estrague a franquia.
Quando seus personagens favoritos são assassinados, você sofre – Scream a Série – 2015
Scream foi criada em 2015 por Jill Blotevogel, Dan Dworkin e Jay Beattie, utilizando elementos da franquia de Wes Craven, acrescidos de uma história nova com personagens marcantes e diversos elementos.
Quando uma cidadezinha já possui um histórico sangrento, somado aos famosos clichês, a mais duas protagonistas opostas e um assassino vingativo temos uma formula que até certo ponto funciona.
Uma situação de exposição virtual e bullying resultam no assassinato violento de uma adolescente pouco quista na cidade, a partir daí, um desenrolar de eventos aproxima um grupo de jovens na proteção de suas vidas e na caça desse serial killer, que usa uma máscara de um antigo assassino local, parecida com a do Ghostface.
O desafio da série e manter o espectador preso aos personagens e a perseguição do antagonista. A “nova Sidney”, Emma Duval (Willa Fitzgerald) deixa a desejar em vários quesitos como protagonista, mas o elenco de apoio e as histórias paralelas completam a produção. O jovem nerd, novo “Randy” Noah Foster (John Karna) rouba a cena da série o que acaba por envolver os espectadores.
Apesar de ocorrerem poucas mortes, considerando que é uma série, a violência a qual algumas cenas são apresentadas torna os eventos mais interessantes. A revelação do assassino busca elementos dos filmes da franquia, inclusive um grande aspecto negativo, que é a construção de um assassino inteligente e complexo e, ao final apresenta-lo como um louco descontrolado.
Ainda sim, a série deixa um gostinho de quero mais, o que nos leva a segunda temporada.
Não confie em nós, não confie em ninguém – Scream 2ª Temporada (2016)
Os sobreviventes tentam voltar à normalidade na continuação da série, após os eventos que levaram a morte de seus amigos, novos personagens carismáticos são inseridos, e, novamente, histórias do passado sangrento da cidade e de Brandon James vem à tona.
O foco dessa temporada é bem dividido entre os personagens, Emma e Audrey (Bex Taylor-Klaus) se concretizam como protagonistas, aliás, boa sacada dos criadores manter duas protagonistas, considerando que Audrey é mais forte e proporciona equilíbrio para série.
Alguns personagens queridos são assassinados nessa temporada, vale aqui a regra das sequencias, as cenas de morte e os jogos do assassino são de fato mais elaborados. Ao mesmo tempo, sua revelação é igualmente apelativa, a série não consegue manter o nível da primeira temporada, mas consegue fazer uma boa ponte e promete uma terceira muito mais interessante.