A Grande Fuga
Diretor
Oliver Parker
Elenco
Michael Caine, Graeme Dalling, Myles Olofin
Roteirista
William Ivory
Estúdio
Diamond Filmes
Duração
95 minutos
Data de lançamento
27 de junho de 2024
“A Grande Fuga”, longa dirigido por Oliver Parker (O Retorno de Johnny English), com estreia prevista nesta quinta-feira (27), traz para as telonas a história real de Bernard Jordan (Michael Cane), um veterano da Segunda Guerra Mundial que, aos 89 anos, escapa do asilo onde vive com sua esposa Rene (Glenda Jackson) para visitar as praias da Normandia no 70º aniversário do Dia D. Este evento histórico é lembrado como a batalha que mudou o curso da guerra a favor dos Aliados, levando à eventual derrota da Alemanha nazista.
O longa marca uma despedida significativa para dois ícones do cinema: Michael Caine, que anunciou sua aposentadoria antes do lançamento do filme, e Glenda Jackson, que faleceu em junho do ano passado aos 87 anos. Caine e Jackson que já atuaram juntos quando mais jovens no filme ‘A Inglesa Romântica’ de 1975, provam mais uma vez no novo longa, como são uma ótima dupla, pois existe química e companheirismo que atravessa a tela do cinema. Michael Caine traz mais uma atuação incrível, misturando humor e drama ao trazer sua perspectiva sobre a guerra. Junto com ele, Jackson como Rene, rouba a cena com o seu sarcasmo, carisma e resquícios de vitalidade dessa atriz tão consagrada.
O filme não é nada de tão impressionante ou marcante, o roteiro de William Ivory, traz uma narrativa simples que não procura inovar demais na temática. Aborda o estresse pós-traumático dos veteranos e o desafio de reintegrar-se à vida civil enquanto se lida com memórias traumáticas, algo já muito visitado em outros filmes do gênero.
Além disso, a trama explora também como o feito de Bernie causa na vida dele e de Rene, onde precisam lidar com a atenção pública e a exposição da mídia sensacionalista britânica. Os personagens mostram incômodo com a atenção desproporcional que dão para o caso e para o patriotismo exagerado. Bernie se vê questionando se tudo não é apenas palco midiático para mostrar histórias emocionantes de superação. Aliás, o filme questionar sobre tudo isso acaba servindo como uma autocrítica, já que traz uma história exatamente sobre a vida de um sobrevivente da Segunda Guerra Mundial.
Apesar do filme não ser uma obra-prima e por vezes cair em sentimentalismos, a combinação das atuações de Caine e Jackson e o enfoque humano na narrativa garantem que esta produção seja um digno encerramento de suas carreiras. E para o espectador, é uma boa e gostosa escolha para passar o tempo.