6,0/10

Charlie em Ação

Diretor

Phillip Noyce

Gênero

Ação , Comédia

Elenco

Pierce Brosnan, Morena Baccarin, James Caan

Roteirista

Richard Wenk, Victor Gischler

Estúdio

Adrenalina Pura

Duração

90 minutos

Data de lançamento

01 de janeiro de 2025

Charlie Swift é um consertador com um problema: o bandido que ele matou está sem a cabeça e Charlie só será pago se o corpo puder ser identificado.

Baseado no romance Gun Monkeys, de Victor Gischler. “Charlie em Ação” está disponível no streaming “Adrenalina Pura” a partir de 1º de janeiro.

Dirigido por Phillip Noyce, o filme conta a história de Charlie Swift (Pierce Brosnan) é um matador com um problema bem bizarro: não consegue receber porque perdeu a cabeça da sua última vítima. Agora, ele tem que enfrentar um poderoso mafioso em Nova Orleans para recuperá-la e finalmente receber seu pagamento.

O longa é uma tentativa de trazer de volta a era das comédias de ação dos anos 90, principalmente por ter Pierce Brosnan como protagonista, mas acaba entregando uma narrativa rasa e previsível que pouco se destaca dentro de um gênero já saturado no cinema.

Desde as primeiras cenas, com tomadas aéreas do Mississippi e uma trilha sonora anacrônica composta por Fil Eisler, o filme sugere um retorno nostálgico a produções de décadas passadas. No entanto, a sensação de familiaridade logo dá lugar à decepção à medida que a história se desenrola sem surpresas ou profundidade. O roteiro desperdiça seu potencial, prendendo-se a situações absurdas e personagens sem carisma e histórias sem pé nem cabeça, algo que minam qualquer tentativa de se levar a narrativa a sério.

Brosnan, no papel de um assassino veterano, tenta elevar o material com sua presença de cena. Ainda assim, sua performance é insuficiente para compensar a falta de originalidade. A ação, que deveria ser o coração do filme, carece de inventividade e ritmo, enquanto os momentos de tensão são arrastados e incapazes de engajar o espectador. A interação entre os personagens é outro ponto fraco, com relações forçadas e diálogos que soam artificiais.

A direção de Noyce, que já mostrou competência em thrillers políticos, parece aqui apática e previsível. As escolhas narrativas não apenas deixam o filme previsível, mas também tiram qualquer chance de impacto emocional. A decisão de contar a história a partir do final, por exemplo, elimina qualquer senso de mistério que poderia sustentar o interesse do público.

Por fim, “Charlie em Ação” é um thriller que parece não saber qual identidade deseja assumir. Entre o tom cômico e a tentativa de ser mais sério e estilizado, o resultado é uma obra inconsistente e superficial. Nem mesmo um elenco experiente, com Brosnan e o saudoso James Caan, consegue salvar um roteiro fraco e sem inspiração. O filme se limita a ser um passatempo esquecível de pouco mais de 90 minutos, que dificilmente deixará uma marca no público ou no gênero.

4

Houston, temos um problema

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