6,7/10

Como Vender a Lua

Diretor

Greg Berlanti

Gênero

Comédia , Romance

Elenco

Scarlett Johansson, Channing Tatum, Woody Harrelson

Roteirista

Keenan Flynn, Bill Kirstein, Rose Gilroy

Estúdio

Sony Pictures

Duração

130 minutos

Data de lançamento

11 de julho de 2024

A especialista em marketing Kelly Jones causa estragos na já difícil tarefa do diretor de lançamento Cole Davis.

Estreando nesta quinta-feira, 11 de julho, “Como Vender a Lua” o diretor Greg Berlanti (Com Amor, Simon) se propõe a misturar romance e conspiração durante a corrida espacial e a chegada do homem à lua em 1969. O longa é um original da Apple TV+, que mesmo com sua distribuição nos cinemas, chegará em breve na plataforma de streaming.

Na trama, a marketeira Kelly Jones (Scarlett Johansson) é contratada para melhorar a imagem da Nasa com o público e precisa chegar a um acordo em como trabalhar com o diretor de lançamento, Cole Davis (Channing Tatum), que já tem muito em jogo com a missão Apollo 11. Quando a Casa Branca considera que a missão é importante demais para falhar, Jones precisa encenar um pouso falso na Lua como plano B.

O filme utiliza a Nasa como cenário central, abordando a propaganda e os debates políticos que envolviam os custos do programa espacial durante os anos 1960. A conspiração sobre a falsificação da aterrissagem lunar, embora seja um elemento interessante, acaba se tornando apenas um detalhe na subtrama. E esse tom mais cômico sobre o assunto acaba perdendo sentindo e resultando em uma narrativa superficial.

O filme brinca com a famosa teoria de que a ida dos EUA à Lua foi uma farsa, e que foi dirigida pelo diretor Stanley Kubrick, principalmente por ter feito um dos maiores filmes de espaços, que é ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’. Este pano de fundo serve tanto para a comédia quanto para o romance, ao tentar equilibrar fatos históricos com elementos fictícios.

O ponto mais interessante do longa é mostrar a importância do trabalho de PR e propaganda que foi feito na Nasa. É inteligente mostrar como isso ajudou a popularizar a marca e que a transformou em algo cool e sinônimo de orgulho para os norte-americanos. E tudo dentro do contexto político da época, que mostra como essa popularização da Nasa trouxe questionamentos sobre o uso dos recursos públicos.

A direção de Greg Berlanti é aceitável, mas não traz nada de muito impressionante, é uma narrativa que busca mais criar um vínculo do público com os seus personagens e não dá muito importância para a história em si. Falta muitos elementos para que o filme seja mais marcante, mesmo com seu enredo interessante.

O que realmente salva o filme é a química entre Scarlett Johansson e Channing Tatum, que é um dos pontos altos da trama. É impressionante como os atores ainda não tinham trabalhado juntos em um filme e conseguem passar naturalidade com os seus personagens sem criar algo forçado.

No fim das contas, ‘Como Vender a Lua’ é um filme que tem como único objetivo entreter com uma história mais fantasiosa e dramatizada sobre um acontecimento real. O que mais sustenta o longa são as ótimas performances do casal protagonista, que podem ser os responsáveis em levar as pessoas a assistir ao filme seja no cinema ou quando chegar no streaming.

6

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