7,0/10

Indiana Jones e A Relíquia do Destino

Diretor

James Mangold

Gênero

Aventura

Elenco

Harrison Ford, Phoebe Waller-Bridge, Mads Mikkelsen

Roteirista

Jez Butterworth, John-Henry Butterworth, David Koepp

Estúdio

Walt Disney

Duração

150 minutos

Data de lançamento

29 de junho de 2023

O famoso arqueólogo e professor Jones regressa com novos desafios, perigos e aventuras, mas desta vez ele tem o sangue de uma nova geração para o ajudar nas suas descobertas e na sua luta contra um novo vilão.

Um dos personagens mais icônicos do cinema, Indiana Jones, está de volta com seu quinto (e talvez último) filme. Estrelado mais uma vez por Harrison Ford, esse é o primeiro longa da franquia que Steven Spielberg não dirige, passando o comando da direção para James Mangold, conhecido por dirigir o ótimo filme “Logan” (2017).

Indiana Jones e a Relíquia do Destino” é ambientado em Nova York de 1969, ano marcado com a chegada do homem à lua, o crescimento do movimento hippie e os grandes protestos contra a Guerra do Vietnã. Em meio todas essas questões nos EUA, vemos o eterno herói e arqueólogo Indiana Jones se aposentando como professor universitário e também de suas aventuras. Mas tudo muda quando um antigo inimigo retorna, e Indy precisa voltar a ativa para garantir que um poderoso artefato não caia nas mãos erradas.

É claro o conhecimento do diretor James Mangold em relação a franquia, pois é um filme cheio de homenagens e referências, mas que felizmente não se prende ao passado, trazendo uma narrativa reflexiva sobre mostrar a vida de um homem que viveu intensamente, mas que ao envelhecer procura seu novo propósito no mundo. Junto com Indiana Jones, encontramos velhos conhecidos e novos aliados, que ajudam a criar a jornada do longa com muito mais valor.

Harrison Ford, mais uma vez, abraça seu papel icônico com maestria, trazendo um Indiana Jones envelhecido, porém resiliente. Em seus impressionantes 80 anos de idade, Ford demonstra fôlego como Indy, com cenas de ações muito bem executadas com direito até ele montando em um cavalo em meio a uma perseguição, o que remete aos momentos icônicos do personagem.

Já a atriz Phoebe Waller-Bridge interpreta Helena, a afilhada de Indiana Jones, que tem uma personalidade muito parecida com ele, principalmente, por ser aventureira e também ser apaixonada por arqueologia. Mas ao mesmo tempo, ela se difere do padrinho a ver os valiosos artefatos como uma forma de enriquecer e não achar que precisa ir para um museu, como é de costume ouvir nos filmes da franquia.

A interação entre Ford e Waller-Bridge parece ser uma combinação perfeita de experiência e novidade. Enquanto Ford traz o heroísmo e sabedoria do personagem que ele interpretou por décadas, Waller-Bridge traz uma abordagem contemporânea e uma presença magnética. Essa dinâmica entre os personagens adiciona camadas de profundidade à narrativa, permitindo que os espectadores se envolvam com suas jornadas individuais.

O nazismo é um tema recorrente nos filmes da franquia Indiana Jones. Desde o primeiro filme, “Os Caçadores da Arca Perdida” (1981), o contexto histórico da Segunda Guerra Mundial e a ameaça representada pelo regime nazista são elementos essenciais para a trama. Os nazistas são retratados como os principais antagonistas, buscando obter artefatos arqueológicos de poder para conquistar o mundo e impor sua ideologia.

E neste novo filme, a temática é retratar como os “ex-nazistas” conseguiram espaços políticos e científicos nos EUA, principalmente, por seu conhecimento avançado em tecnologia. O ator Mads Mikkelsen interpreta Dr. Jürgen Voller, o  vilão nazista que usa de sua genialidade como cientista para se tornar uma figura de poder americano, tendo como objetivo trazer novamente o regime totalitário. E a escolha do roteiro de mostrar mais uma vez os alemães como inimigos é efetiva, pois mostra o contexto histórico sobre como a ação nazista mesmo após a sua queda, ainda foi muito influente e presente na sociedade contemporânea.

Destaque também para a trilha sonora marcante, composta por John Williams, que mais uma vez cria uma trilha inesquecível. Seus temas musicais icônicos, como o famoso tema de Indiana Jones, elevam a experiência do filme, despertando nostalgia e emoção nos espectadores.

E claro, é necessário destacar o grande trabalho dos efeitos visuais que estão impactantes, principalmente, na sequência que vemos Harrison Ford jovem, que foi feito com a a técnica de deep fake. É uma tecnologia que a Lucasfilm e Disney vem utilizando mais a cada ano em suas produções, como a aparição de Luke Skywalker na série “The Mandalorian”.

Por fim, “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” tem uma narrativa que prioriza a aventura, mesmo com diálogos medianos, é um testemunho da capacidade da franquia em hipnotizar e fascinar o público, mesmo após décadas desde sua estreia. É um filme que define bem o heroísmo do personagem, mas que conseguiu modernizar sem perder a sua essência.

9

Missão cumprida

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