O Protetor: Capítulo Final
Diretor
Antoine Fuqua
Gênero
Ação
Elenco
Denzel Washington, Dakota Fanning, Eugenio Mastrandrea
Roteirista
Richard Wenk, Michael Sloan e Richard Lindheim
Estúdio
Sony Pictures
Duração
109 minutos
Data de lançamento
05 de outubro de 2023
Perto de seus 70 anos de idade, Denzel Washington prova que ainda tem muito a oferecer e é capaz de manter a imagem de galã de Hollywood. No capítulo final (pelo menos por enquanto) da saga “O Protetor”, que teve início quase 10 anos atrás, Robert está na Itália quando dá de cara com uma gangue violenta, se machuca gravemente, é salvo por um policial e colocado sob os cuidados do Dr. Enzo (Remo Girone), um homem misterioso, mas leal. Enquanto se recupera, tenta mais uma vez dar uma chance à aposentadoria. Afinal de contas ele está na Itália, numa cidadezinha simpática e pacata (pelo menos por enquanto), visita cafés, sorri para os habitantes e está em paz, mas não é a paz que fez os dois primeiros filmes da saga e certamente não fará esse também. Assim como nas histórias anteriores, e talvez até em maior nível, a violência é brutal, gráfica e sempre presente, a cena de abertura já deixa bem claro.
McCall até tenta deixar passar, quando a máfia ameaça os residentes da cidade em que ele, agora, se sente em casa e ficar de braços cruzados não é uma opção e ele logo volta à ativa. Quando precisa de reforços, Robert McCall faz uma ligação (quase) anônima à agente da CIA Emma Collins (Dakota Fanning), que larga tudo para seguir os rastros do caso na Itália. O reencontro entre Denzel Washington e Dakota Fanning, que trabalharam juntos em Chamas da Vingança (2004), quando Dakota era apenas uma criança. Ela agora está crescida e divide cenas de igual para igual, apesar da personagem ter pouco a oferecer em todos os sentidos e o enredo ser, também, pouco convincente.
As cenas de ação são o ponto alto do filme, apesar de não ser uma coreografia tão elaborada, convence simplesmente por ter Denzel Washington. Inclusive, a direção de Antoine Fuqua, que também foi responsável pelos outros filmes da saga, acerta ao ter consciência de que Denzel Washington é o filme e que todo resto está ali para girar ao redor dele, e não o contrário. Isso nunca é um ponto positivo em qualquer filme, mas se podemos abrir uma exceção, que seja para Denzel Washington e seu legado cultivado ao longo de décadas. E não é como se o filme fosse ruim por si só, a história é interessante o suficiente, os personagens cativantes e a ação funciona ao que se propõe. Nada é realmente uma novidade, mas a constância cai bem para quem gostou dos filmes anteriores.
Por Júlia Rezende