3,9/10

The Acolyte – Temporada 1

Diretor

Leslye Headland

Elenco

Lee Jung-jae, Amandla Stenberg, Manny Jacinto

Roteirista

Leslye Headland

Estúdio

Walt Disney

Duração

90 minutos

Data de lançamento

04 de junho de 2024

Uma investigação de vários homicídios leva um Mestre Jedi a enfrentar uma guerreira poderosa do seu passado.

The Acolyte é a primeira produção live action de Star Wars fora da saga Skywalker. Sua história se passa 100 anos antes do ‘Episódio I: Ameaça Fantasma’ (1999) e mostra o universo em uma era conhecida como A Alta República, na qual a Ordem Jedi está no ápice de seu poder e arrogância.

Na série acompanhamos a jornada do mestre jedi Sol (Jung-Jae) e sua ex-padawan Osha (Amandla Stenberg) enquanto tentam desvendar o mistério por trás de uma série de assassinatos. Através dessa narrativa observamos um pouco mais de perto o caminho que levou os Jedi do seu auge até sua vindoura queda perante o Império Galáctico.

Totalizando oito episódios, a primeira temporada chegou ao fim nesta terça-feira (16/04), apresentando pontos altos e baixos, mesclando momentos brilhantes com outros que deixam muito a desejar.

As sequências de ação, em sua maior parte, foram bem elaboradas e trazem algo novo para a franquia, inspirando-se fortemente nas coreografias dos filmes wuxia. Destacando-se especialmente pela sua fluidez e criatividade, oferecendo pros fãs de longa data
algo mais próximos do que vimos na trilogia prequel, mas sem repetir o que já foi feito.

Além disso, o desenvolvimento de alguns personagens é satisfatório de acompanhar, especialmente o de mestre Sol e sua dualidade entre ser um grande mestre e a culpa de um evento sombrio que foi enterrado em seu passado que volta para atormentá-lo.

No entanto, a execução da produção apresenta várias falhas. Desde os primeiros episódios, diversos problemas tornam-se evidentes. A narrativa, construída em grande parte em torno de mistérios, como o responsável pelos assassinatos de Jedi, acaba por frustrar devido ao seu desenvolvimento pobre e soluções previsíveis. Os mistérios, ao invés de intrigarem, revelam-se óbvios e a insistência do roteiro em manter as respostas em segredo, desperdiça tempo valioso que poderia ter sido melhor aproveitado.

Outro ponto fraco da série é a montagem. Em diversos momentos, há um exagero no uso de transições “wipe” (clássicas na franquia), que não apenas quebram o ritmo da narrativa, mas também criam cenas confusas e cansativas.

Em suma, “The Acolyte” traz uma premissa promissora, mas tropeça em sua execução. A série tem potencial para explorar novos territórios dentro do universo de Star Wars, mas precisa de um roteiro mais coeso e uma montagem mais cuidadosa para realmente se destacar.

4

Houston, temos um problema

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