6.8/10

Um Lugar Silencioso: Dia Um

Diretor

Michael Sarnoski

Gênero

Drama , Terror

Elenco

Lupita Nyong'o, Joseph Quinn, Alex Wolff

Roteirista

Michael Sarnoski, John Krasinski

Estúdio

Paramount

Duração

100 minutos

Data de lançamento

27 de junho de 2024

Uma mulher vive os aterrorizantes primeiros minutos de uma invasão alienígena na cidade de Nova York.

Estreando nesta quinta-feira, dia 27, “Um Lugar Silencioso: Dia Um” com direção de Michael Sarnoski (Pig), promete trazer uma nova perspectiva ao universo apocalíptico que cativou o público desde seu lançamento em 2018. O novo filme se aprofunda no início da invasão alienígena, que força os sobreviventes a um silêncio absoluto para escapar dos monstros que atacam ao menor ruído.

Lupita Nyong’o, vencedora do Oscar, assume o papel de Sam, uma mulher com câncer terminal, lutando pela vida em um hospital de Nova York quando a invasão começa. Sua atuação é magistral, trazendo uma profundidade emocional significativa ao seu personagem, que já enfrenta uma batalha interna antes da ameaça externa surgir. Joseph Quinn, conhecido por seu papel na série Stranger Things, desempenha um estudante inglês que, em meio ao caos, encontra uma inesperada aliança com Sam. A química entre os dois é palpável, com uma interação que transmite autenticidade e conexão profunda, mesmo que tenham se conhecido apenas um dia.

O filme começa mostrando a nossa cultura ruidosa, iniciando com uma estatística de como a cidade Nova York é barulhenta. A escolha da ambientação ajuda a contextualizar de forma impactante o contraste com o silêncio mortal que se segue.

O trabalho sonoro é um dos pontos altos da produção, com cada pequeno ruído ampliando a tensão e o medo, reminiscente da inovação sonora do primeiro filme de ‘Um Lugar Silencioso’, mas levado a um novo nível de sofisticação técnica.

Um dos aspectos que fazem “Um Lugar Silencioso: Dia Um” se destacar é sua habilidade em superar a sequência direta do primeiro filme dirigido brilhantemente por John Krasinski, que ainda faz parte do projeto como produtor.

Embora a sequência tenha seus méritos, faltou a narrativa pessoal e a profundidade emocional que este novo filme tem de sobra. Ele retorna à qualidade do filme original, oferecendo uma narrativa mais envolvente e personagens bem mais interessantes.

O roteiro tem algumas falhas. Sendo uma narrativa de origem, esperava-se mais informações sobre a invasão e seus efeitos imediatos. A ausência de detalhes sobre os alienígenas e suas vulnerabilidades, exceto pelo medo de água descoberto rapidamente, deixa lacunas que poderiam ser preenchidas com um melhor uso de elementos narrativos.

Vale destacar também a adição do gatinho Frodo, da personagem Sam, que é seu grande companheiro e apoio emocional. É adorável e esperto ter uma gato para a história, além de mostrar como os felinos são espertos e quase sempre silenciosos, deixou a história com mais camadas sobre a natureza que o mundo se encontra no contexto do filme.

O longa brilha em suas interações humanas e nas escolhas de vida de seus personagens principais. A perspectiva de uma mulher que já vê a morte de perto adiciona uma camada de urgência e reflexão sobre a sobrevivência em um mundo em colapso. A busca por momentos simples, como a última fatia de pizza, humaniza a narrativa.

Por fim, o filme pode não ter a construção impecável de seu predecessor, mas compensa com performances emocionantes e um uso excepcional do som.

9

Missão cumprida

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