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Vai Ter Troco

Diretor

Mauricio Eça

Gênero

Comédia

Elenco

Evelyn Castro, Nanny Peolple, Edmilson Filho

Roteirista

Juliana Araripe, Otavio Martins

Estúdio

Star Distribution

Duração

85 minutos

Data de lançamento

17 de agosto de 2023

Há meses sem receber salários e vendo os patrões, que alegam estarem falidos, esbanjando dinheiro em festas e jantares para a alta sociedade, Tonha e Zildete decidem cobrar o pagamento atrasado, criando situações hilárias e bem-humoradas.

O novo filme nacional, “Vai Ter Troco”, dirigido por Mauricio Eça (A Menina que Matou os Pais), tem estreia marcada para esta quinta-feira, dia 17, e traz nomes conhecidos como Evelyn Castro, Marcos Veras, Nany People, Edmilson Filho e Miá Mello. Além disso, conta com participações especiais de Falcão e Ludmilla.

A trama conta a história das empregadas domésticas Tonha (Evelyn Castro) e Zildete (Nany People). As duas não recebem seus salários há meses e continuam vendo os patrões, que alegam estarem falidos, esbanjando dinheiro em festas para a alta sociedade. Então elas decidem cobrar o pagamento atrasado. Porém, as coisas não saem como o planejado e, logo, todos se veem em um cenário caótico.

“Vai Ter Troco” tenta navegar em um comédia com críticas sociais, mas acaba ancorando na mediocridade e mesmice. Em uma tentativa de explorar as desigualdades sociais, o filme parece querer seguir os passos do aclamado “Que Horas Ela Volta?” (Anna Muylaert), mas sem conseguir capturar o carisma e a profundidade, que não é exclusividade de um filme de drama, pois uma comédia bem estruturada pode sim conquistar o mesmo efeito.

Os atores, em sua maioria, adotam abordagens caricatas, tornando difícil para o público se conectar de alguma forma com eles. Um exemplo caricato desse exagero é como o filme retrata o comportamento adolescente, utilizando expressões como “hashtag” e retratando jovens viciados na internet de forma estereotipada.

Enquanto algumas piadas arrancam alguns sorrisos, é a atriz Evelyn Castro que realmente brilha, trazendo um timing cômico notável e entregando as poucas piadas que realmente funcionam. Além disso, sua atuação destaca-se nas cenas mais emocionais, especialmente aquelas envolvendo seu filho deficiente auditivo, nas quais ela transmite sensibilidade e conexão.

O roteiro apresenta uma visão interessante sobre as diferenças de classe social e a corrupção política no Brasil, o que poderia ter sido muito mais explorada no filme com mais piadas ácidas. Infelizmente, essas reflexões são frequentemente ofuscadas por cenas de “vergonha alheia”, que se mostram não apenas constrangedoras, mas também descartáveis para o desenvolvimento da história.

Por fim, “Vai Ter Troco” desperdiça seu potencial do que poderia ter sido um entretenimento mais significativo. Ele se perde no exagero cômico, que nem Nany People ou Evelyn Castro conseguem salvar. Infelizmente, é um filme mediano em tudo que promete, decepcionando até aqueles que procuram por uma narrativa mais leve e engraçada.

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