WandaVision
Diretor
Matt Shakman
Elenco
Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Kathryn Hahn
Roteirista
Jac Schaeffer
Estúdio
Disney
Duração
30 minutos por episódio aproximadamente
Data de lançamento
15 de janeiro de 2021
Com o passar de 10 anos de Marvel Studios nos cinemas condensados em mais de 20 filmes, chegar às séries de TV no serviço Disney+ não seria tão complicado se não houvesse um caminho já pavimentado.
Os outros programas da extinta Marvel Tv, seja na Netflix ou no canal ABC, mostraram o que fazer e o que não fazer para agradar a exigente audiência.
Mas, Jac Schaffer e Kevin Feige, produtores executivos, escolheram um caminho difícil e excelente para ambientar e contar a história da primeira série do novo serviço de Streaming e saindo da zona de conforto comum de tudo relacionado a super heróis até aqui.
Nos seus 5 primeiros episódios Wandavision homenageia os 60 anos da TV através de um de seus gêneros mais longevos na TV Americana, as Sitcoms, mostrando a jornada pós traumática de Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) no mundo após os incidentes causados por Thanos e a morte do Homem de Ferro.
Uma personagem que não conhece nem um pouco a extensão de seus poderes e vive num mundo onde todos que a acolheram morreram. Mentalmente instável, ela então cria um lugar perfeito para morar ao lado do sintozóide Visão (Paul Bettany).
Aquele fã que acompanhou os últimos filmes da Marvel, sabe que Visão foi morto por Thanos em Vingadores: Guerra Infinita, então vê-lo vivo e tentando ser o marido perfeito trabalhando em uma repartição é o primeiro ponto de interrogação da série.
Com claras referências a clássicos programas de sucesso como “I Love Lucy”, “A Feiticeira” e até “Três é demais”, que revelaram as irmãs gêmeas da protagonista Mary Kate e Ashley, a cidade fantasma de Westview, em Nova Jersey se torna o lar acolhedor do casal que faz de tudo pra tentar ser uma família normal.
E famílias e casais perfeitos era tudo que as sitcoms vendiam para o mundo. Os 2 primeiros episódios ambientam bem esse universo e criam o mistério necessário para entender Wandavision.
Desde a vizinha e ultra prestativa Agnes (Kathryn Hahn) até o helicóptero de brinquedo com o símbolo de alguma organização até então desconhecida. Esses elementos deixam claro que existe algo de errado ali.
Outro elemento é Geraldine, ou melhor Mônica Rambeu (Teyonah Harris) que apresenta a primeira grande falha do controle do mundo criado por Wanda e acaba expulsa da cidade. Aí saímos exclusivamente das referências clássicas da TV para uma mais contemporânea ao percebermos que Wanda criou praticamente um Reality Show com o auxílio da estrutura da organização E.S.P.A.D.A. Conhecida nos quadrinhos por ser a divisão espacial da SHIELD, no MCU entendemos que ela é a evolução da instituição após o tratado de Sokóvia e a Guerra Civil e a era dirigida pela melhor amiga da Capitã Marvel, Maria Rambeu que morreu anos depois do titã louco dizimar metade da humanidade incluindo a filha dela.
Do lado de fora do “Show de Truman” da Marvel, somos reapresentados a velhos conhecidos do MCU a doutora Darcy Lewis (Kat Deninngs), ex estagiária de Jane foster nos primeiros filmes do Thor e o agente Jimmy Woo (Randall Park) que vigiava a prisão domiciliar de Scott Lang na segunda aventura solo do Homem Formiga que ajudam o expectador a entender e fazer a ligação definitiva entre o MCU e a realidade alternativa de Wanda. Darcy descobre que a radiação cósmica emitida pela barreira criada por Wanda era semelhante ao padrão de ondas de uma transmissão antiga de TV e através de uma aparelho analógico acompanha todos os episódios enquanto Jimmy tenta localizar todos as pessoas desaparecidas na ilusão causada pela ex-integrante dos Vingadores.