O ursinho desbocado está de volta! E, desta vez, enfrentando vários problemas como um verdadeiro adulto. Em ‘Ted 2’, o ator Seth McFarlane – que volta na direção do longa e também dublando o personagem principal –, tem a missão de mostrar ao mundo que o melhor amigo de John Bennett (Mark Walhberg) amadureceu e não é apenas um urso canastrão. O filme estreou em junho deste ano nos Estados Unidos, e chega aos cinemas brasileiros em 22 de agosto.
No longa, Ted assume um relacionamento com a jovem Tami-Lynn (Jessica Barth), e o casal decide, então, se casar. Mas para salvar o relacionamento que está fadado ao fracasso, eles resolvem ter um bebê. No entanto, para terem direito à inseminação artificial, Ted deverá provar na justiça que é um ser humano. Para obter sucesso e provar que ele tem, sim, sentimentos e pode cuidar de uma criança ao lado de sua esposa, ele conta com a ajuda do amigo John e da recém-formada advogada Samantha (Amanda Seyfried).
Não muito diferente do primeiro filme, é notório que Seth McFarlane, ao lado de Alec Sulkin e Wellesley Wild, precisou pensar em uma fórmula para fazer uma continuação cair na graça do público. O resultado: Não fez muita diferença. O ursinho de pelúcia continua com seu jeito cara de pau de ser, tentando arrancar risadas por meio de um roteiro cansativo. Mesmo tendo um elenco principal e de apoio estupendos, composto por Mark Wahlberg, Amanda Seyfried, Giovanni Ribisi, Liam Neeson, Morgan Freeman, dentre outros, não foi o suficiente para evoluir o enredo do filme.
O que também se repete, assim como no primeiro filme, são os momentos dramáticos completamente exagerados. Infelizmente, o diretor tenta criar momentos que se tornam cada vez mais entediantes. Apesar de alguns deles serem interessantes e até necessários para a sequência das piadas, acabam se tornando um empecilho para o desenvolvimento da trama.
Sem o retorno de Mila Kunis como a namorada de John – que por sinal, não agregou muito ao primeiro filme -, é a vez de Amanda Seyfried assumir o papel da mocinha no longa. Com uma personagem tão desorientada quanto o de John e Ted, a moça se mostra bem mais segura no posto do que sua antecessora. A loira se solta e ainda (SPOILER) mostra seus dotes musicais, cantando lindamente. Uma ressalva: para quem não sabe, Amanda é cantora profissional.
Além disso, se no primeiro filme Seth McFarlane precisou se render às exigências dos estúdios de Hollywood e aliviar um pouco o nível das piadas, na continuação ele precisou manter essa postura e evitar muitos vícios de linguagem e gírias que traz desde suas “interpretações” na animação ‘Family Guy’. Já Mark Walhberg continua com o jeito estrambelhado de John, mas de uma forma mais convincente. Entretanto, quando está em cena como o companheiro de Amanda continua não empolgando, como no primeiro filme.
‘Ted 2’ faz referências ao mundo dos games, da música, do Cinema, evidenciando a Cultura Pop presente na atualidade. Tanto que até o jogador de futebol americano Tom Brady faz uma curta participação no filme. Além disso, a expectativa é de que com tantos merchandisings, inclusive tendo a Comic Con – o maior evento sobre a Cultura Pop do mundo – como cenário, a produção arrecade mais em bilheterias do que o primeiro filme, que chegou a marca de U$ 217 milhões nos Estados Unidos, tornando-se a sexta maior bilheteria de 2012. Porém, com tantas falhas, é quase impossível que bata essa marca.
E mesmo tendo como característica o humor negro e um teor ácido, ‘Ted 2’ não empolga, apesar de tentar usar o bom senso e uma postura “politicamente correta”. Assista e tire as suas conclusões!
Trailer: